Foi dada a largada do processo de nomeações do segundo escalão no governo federal. Da bancada federal de Alagoas apenas o tucano Rui Palmeira ficará fora do bolo de distribuição de cargos, que muitos cargos em todo o Estado. Os deputados federais Carimbão (PSB), Joaquim Beltrão (PMDB) e Maurício Quintella (PR) desejam, como reeleitos que apoiam Dilma Rousseff, manter os seus afilhados nos cargos que já ocupam.

Mesmo não tendo feito nenhum parlamentar para a Câmara, o PT deverá ser contemplado com alguns cargos via PT de São Paulo, com o primeiro suplente Paulão assumindo a Chesf.

O deputado estadual Judson Cabral está de olho na diretoria dos Correios em Maceió, atualmente entregue ao PMDB. Cabral justifica que já trabalhou na empresa e por isso tem o direito de participar na divisão dos cargos. Já o petista Ronaldo Medeiros deseja indicar o superintendente do INSS, onde ele lá passou mais de seis anos por indicação do PMDB. O presidente estadual do partido, Joaquim Brito, também deseja participar da distribuição.

O jornalista e advogado Adelmo dos Santos, compadre do ex-presidente Lula, também deverá ser indicado para um cargo federal. Ele assumiria o Ibama, no lugar de Sandra Menezes, indicada pelo ex-deputado Francisco Tenório(PMN). O PT também está interessado no cargo de Hetc César na delegacia do Trabalho, só que o ministro Carlos Lupi é do PDT e deseja manter o advogado arapiraquense em sua equipe. O Incra é outro cargo cobiçado pelos petistas.

A direção do Porto de Maceió, mesmo sendo vinculada à diretoria no Rio Grande do Norte, no momento encontra-se com o afilhado da presidente do PSB em Alagoas, Kátia Born. Mas tem gente querendo a substituição.

Os novatos também terão suas fatias no bolo. João Lyra (PTB) deseja indicar o um nome para o Cais do Porto de Maceió, que atualmente é comandado por um nome apresentado por Kátia Born, apesar de o porto estar vinculado à administração do Rio Grande do Norte.

Os outros parlamentares federais que estão exercendo o primeiro mandato e certamente também vão entrar no bolo são Renan Filho (PMDB), Rosinha da Adefal (PT do B) e Arthur Lira(PP). Este último pretende manter os indicados pelo seu pai quando deputado federal, a exemplo da cobiçada CBTU. E obviamente, Benedito de Lira (PP) deseja sua fatia agora como senador da República.

Biu de Lira é o único da bancada federal que tem gente indicada no governo Teotonio Vilela e na prefeitura de Maceió, com Cícero Almeida, no entanto, deseja mais alguns cargos para atender compromissos de pessoas que o ajudou na caminhada vitoriosa de 2010, que ganhou com a derrota de Heloísa Helena (PSOL).

O PMDB de Renan mantém a Funasa e a Conab, enquanto que o senador Fernando Collor (PTB), além de indicar nomes para a Petrobrás, está querendo ampliar o seu raio de ação em órgãos públicos de Alagoas.

Nos próximos meses, a luta será grande para a indicação dos afilhados nos cargos federais no Estado.