O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e sua família estão em prisão domiciliar, segundo fontes das forças armadas do Egito.

Além de ter os bens bloqueados, Mubarak e os familiares mais próximos estavam proibidos de sair do país desde que ele renunciou ao governo, depois de 18 dias de manifestações populares, enquanto as acusações contra eles são investigadas.

No dia em que renunciou, Mubarak viajou com a família para o balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho. Nem Mubarak nem seus parentes mais próximos apareceram em público desde então.

No entanto, o jornal egípcio "Al-Aibar", chegou a informar que o ex-presidente egípcio, que estava proibido de deixar o Egito, estaria na Arábia Saudita fazendo tratamento contra o câncer.

Na semana passada, a União Europeia (UE) aprovou o congelamento de bens em território comunitário do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak e de outros 18 parentes identificados por práticas corruptas. A decisão, aprovada pelos ministros de Exteriores comunitários, impõe "o congelamento de todos os fundos e recursos econômicos" que são propriedade ou são controlados por pessoas consideradas responsáveis da "apropriação ilegal de fundos públicos egípcios", assinala um comunicado do Conselho da UE.

As sanções afetam também "pessoas naturais ou legais associadas" com esses supostos responsáveis, acrescenta a UE em comunicado. A medida foi aprovada formalmente em um ponto sem debate pelo Conselho de Ministros de Exteriores comunitários após ter sido estipulada no final da semana passada por embaixadores dos países da UE. No entanto, a decisão não inclui a proibição de vistos de entrada à União Europeia para as pessoas sancionadas, que é uma das medidas frequentes que costuma tomar Bruxelas.

As sanções entrarão em vigor nesta semana com sua publicação no Diário Oficial da UE. Antes desta decisão, vários países europeus, como a França e Suíça (este último não membro da UE) já tinham aprovado de forma individual e a pedido do atual governo egípcio o congelamento dos bens que pudessem ter Mubarak e membros de sua família em seus territórios.
Primeiras eleições legislativas

As primeiras eleições legislativas do Egito depois da queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro, serão organizadas em setembro, informou um alto oficial militar nesta segunda-feira.
Ainda não há data marcada para o pleito presidencial.

"As eleições legislativas serão realizadas em setembro", indicou o general Mamduh Shahin, integrante do conselho militar que governa o Egito desde a renúncia de Mubarak, no dia 11 de fevereiro.

Segundo Shahin, uma data para as eleições presidenciais será definida posteriormente.