Cumprindo o que havia sido divulgado na semana passada, Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Saúde, Previdência, Assistência Social) e Trabalho no Estado de Alagoas.(Sindprev) e estão realizando uma paralisação de 72 horas para cobrar do Governo do Estado reposição salarial.
Na manhã desta segunda-feira (28), profissionais se uniram durante um protesto em frente à sede do Hospital Geral do Estado (HGE). A reivindicação é referente a reajuste salarial dos servidores, que desejam receber a reposição salarial de 40,86%, já concedida aos médicos, além de solicitar melhorias nas estruturas de hospitais e pronto-socorros.
Os servidores da saúde irão manter apenas 30% do efetivo para atendimento à população, o que deverá causar prejuízos em hospitais. A expectativa é que cerca de mil servidores estejam aderindo à paralisação, dentre eles, auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, dentre outros.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social, Cícero Lourenço, existe a possibilidade de que a paralisação aconteça por tempo indeterminado. “O Governo precisa negociar. Caso não apresente propostas para nossas reivindicações, existe a possibilidade de que a greve seja estendida”.
Governo
Segundo o Governo do Estado, desde janeiro, as negociações foram iniciadas com o Movimento Unificado da Saúde, que é integrado pelos sindicatos que representam todas as categorias da saúde, exceto a dos médicos.
O movimento teve uma reunião com o governador, Teotônio Vilela Filho (PSDB), em janeiro deste ano, e ficou determinada a criação de uma comissão, que ficaria responsável por um estudo de viabilidade para um aumento salarial que a categoria está reivindicando. A comissão foi formada pela Saúde, Gestão Pública, Fazenda, Uncisal e o Movimento Unificado.
“Paralisar as atividades no Hospital Geral do Estado e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) é comprometer a vida de pessoas. Não viramos as costas, nem fechamos os canais de negociação, muito menos deixamos de receber os servidores. O Governo apela pelo bom senso dos servidores”, explicou.
Mas, segundo o que foi apurado pelo CadaMinuto, paralelo a esse entendimento, existe uma disputa sindical de forças entre Sindprev e Movimento Unificado da Saúde. Enquanto o Governo negocia com o Movimento, o Sindprev abriu um outro canal entre os servidores para incitar a greve.
Reunião
A secretária adjunta de Estado de Gestão Pública de Alagoas, Ricarda Calheiros, recebeu na manhã desta segunda-feira (28), o movimento unificado onde ficou acordado que até o próximo dia 31 o Estado divulgará um posicionamento.
“Estamos negociando com o movimento unificado e a mesa de dialogo está aberta. Eles desejam 89% de reajuste, logicamente encontraremos uma posição viável e justa entre as partes”, destacou a Secretária adjunta.
O dentista Ayrton Mendonça, participante do Movimento Unificado, alertou que os servidores desejam o reajuste necessário.
“Precisamos do reajuste necessários as nossas necessidades, logo espero que o Estado ofereça até o dia 31 sua proposta. Logo depois vamos convocar uma assembleia para discutir a contra partida”, frisou Mendonça, destacando ainda que a proposta tem que apresentar objetividade em um pequeno espaço de tempo.