Uma funcionária de um hipermercado que fica no bairro Santa Luzia, em Vitória (ES), vai receber uma indenização de mais de R$ 140 mil por danos morais. A mulher, que trabalhou no WalMart por um ano e meio, disse que sofreu várias formas de constrangimento no local de trabalho, como agressões verbais e xingamentos pelo sistema de som a chamando de macaca. A moça também teria sido apelidada por outros funcionários e nunca reagiu por medo de perder o emprego e o salário - de R$ 440 por mês.
"Ela era chamada de tartaruga, lesma e macaca. Então acrescentou a questão da cor. As humilhações têm relação com a produtividade e no caso dela foi acrescentado o preconceito. Por ser tímida, ela não procurou o chefe", afirmou o advogado Fabiano Herkenhoff.
"A empresa cobra excessivamente os funcionários, e eles acabam agredindo os colegas para diminuir a capacidade deles. As empresas não fazem trabalho preventivo para evitar esse tipo de problema. É uma pessoa humilde - vocês podem ver pelo cargo e pelo salário -, tímida, começou a trabalhar e esse tipo de agressão começou gratuitamente", afirmou o defensor.
Por meio de nota, o WalMart disse que repudia qualquer tipo de discriminação. Em relação ao episódio na capital capixaba, afirmou que os fatos ocorreram em 2006 e o processo movido pela ex-funcionária já foi encerrado.