O comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Neitônio Freitas, o tenente-coronel José Berilo Pastor Cruz e o também tenente-coronel Adriano Amaral da Silva, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por prática de improbidade administrativa.
Na ação civil pública consta que os oficiais seriam responsáveis por omissão e negligência em decorrência do incêndio ocorrido em 28 de dezembro do ano passado, no galpão, localizado no bairro do Jaraguá que guardava donativos para as vítimas da enchente ocorrida no mês de junho, o que causou um prejuízo de R$ 12.5 milhões.
As investigações do MPE apontam que o local não possuía segurança alguma e que o material ali armazenado era de fácil combustão e que a Defesa Civil e os oficiais do Corpo de Bombeiros tinham consciência do risco e mesmo assim, não foi tomada nenhuma providencia cabível.
Anexada à ação contém um relatório de um oficial do Corpo de Bombeiros feito no mês de setembro, após o galpão ser arrombado. No relatório o oficial alerta sobre a falta de segurança do local e diz que o galpão não possuía condições algumas de armazenar o material.
O relatório original desapareceu da corporação, mas o autor da denúncia tinha uma cópia do documento que encaminhou para o Ministério Público.
No galpão havia mais de duas mil barracas e aproximadamente 20 toneladas de roupas usadas.
De acordo com a legislação, os oficiais podem pagar uma multa correspondente ao tesouro e poderão ter o direito público suspenso por cinco anos.
Outro Lado
O Coronel Cruz explicou por meio de comentário ao Cadaminuto que o documento realmente chegou em suas mãos por eventualmente estar substituindo o Coronel Luiz Antonio, mas que ao contrário do que diz a denúncia,ele despachou imediatamente o documento para o Oficial responsável pelo Galpão, e que a cópia da folha do protocolo está de posse do Ministério Público.