Deficiência de profissionais específicos na área de projetos, recursos insuficientes e atraso nos processos de fiscalização estão penalizando os municípios junto à Funasa e inviabilizando a execução de inúmeros projetos. Foi isso o que o superintendente da Fundação Roosevelt Patriota ouviu dos prefeitos, durante reunião da AMA, nesta segunda-feira e concordou que o atual sistema é injusto com as cidades ,principalmente as pequenas.
O superintendente Roosevelt Patriota e o engenheiro chefe da Funasa, Diógenes Braga participaram da reunião semanal a convite da AMA e concordaram que a maior dificuldade existente hoje é a falta de projetistas no Estado. O resultado dessa deficiência é que dos R$ 180 milhões referentes ao PAC 2007/2010 , apenas R$ 20,6 milhões foram aprovados. Outros projetos na ordem de r$ 149 milhões ainda se encontram em análise e ,os municípios podem ficar sem os recursos por causa dos prazos.
A saída para as cidades depende do governo federal aprovar novas normas que permitam a Funasa elaborar os projetos e as planilhas de acordo com as demandas. A solução não é simples e nem a curto prazo, mas a AMA vai solicitar à bancada federal que entre nessa luta para que os projetos não se percam na burocracia federal.
O atual sistema pune os prefeitos, disse Marcelo Lima, de Quebrangulo. Uma situação difícil com os prazos existentes, complementou o prefeito de Taquarana Alay Correia. Além desses problemas pontuais, os gestores se deparam com a demora da fiscalização da Funasa. O prefeito de Japaratinga exemplificou o caso do município que construiu módulos sanitários em dois conjuntos habitacionais e ,dois anos depois- o município foi punido porque moradores haviam descaracterizado as construções.
Além dessa luta nacional pelos projetos, a Funasa também solicitar a direção nacional prorrogação nos prazos existentes para apresentação de projetos, tendo em vista a deficiência de profissionais qualificados no Estado. Enquanto essas decisões não chegam os prefeitos precisam acompanhar os processos para evitar que os municípios tenham recursos suspensos.