Aviões de caça franceses decolaram nesta segunda-feira (21) de suas bases para retomar, pelo terceiro dia consecutivo, as operações na Líbia, informou o Ministério da Defesa da França.

Nem o ministério nem o Estado-Maior das Forças Armadas quiseram dar detalhes sobre o programa do dia. As autoridades afirmaram que uma entrevista coletiva será concedida às 17h30 do horário local (13h30 de Brasília) para detalhar a intervenção.

A única informação divulgada foi de que as aeronaves francesas não tinham sobrevoado o espaço aéreo da Líbia durante a noite e a madrugada. Os caças não dispararam neste domingo (20) contra as forças do ditador Muammar Gaddafi porque a zona de exclusão aérea na região de Benghazi foi respeitada e porque não foram constatados ataques militares contra a população civil.

No último sábado (19), os franceses bombardearam uma coluna de tropas do Exército líbio e quatro blindados foram destruídos nas proximidades de Benghazi, de acordo com os porta-vozes da França, que insistiram que esses ataques não causaram vítimas civis.

O dispositivo francês se reforçou nas últimas horas, em particular com o porta-aviões Charles de Gaulle, que zarpou neste domingo (20) do porto de Tolano (sudeste da França) para se dirigir ao local de operações.

Por outro lado, o porta-voz do governo francês, François Baroin, insistiu nesta segunda-feira que a coalizão internacional se ajusta em suas operações à resolução da ONU (Organização das Nações Unidas). Baroin disse que a França não tomará distância de seu objetivo, que é impedir que Gaddafi "massacre seu povo", e não derrubá-lo.

A França - junto a Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Dinamarca e Canadá - integra a coalizão internacional que tenta impedir o massacre de rebeldes que pedem a queda do regime de Gaddafi.