O Tribunal Superior de Londres aceitou nesta quinta-feira a liberdade sob pagamento de fiança ao fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, e rejeitou o recurso da promotoria, que reivindicava a extradição do ativista australiano por crimes sexuais.

Assange, preso desde o último dia 7, pode sair da prisão com a condição de pagar uma fiança de 240 mil libras (R$ 649 mil). Foi exigido também que ele entregue seu passaporte, viva sob toque de recolher e use um dispositivo eletrônico que indique sua localização.

Ele também precisará se apresentar diariamente às 18h em uma delegacia de polícia, aguardando em liberdade condicional a próxima audiência, marcada para 11 de janeiro. O australiano recebeu apoio de diversas personalidades. Algumas até doaram dinheiro para pagar a fiança do australiano.

O vazamento WikiLeaks
No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.

Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais.