Encerrando as atividades da Semana Nacional de Combate à Hanseníase - de 18 a 22 de outubro -, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, realizou, nesta sexta-feira (22), uma caminhada pelas ruas do bairro do Trapiche para orientar e encaminhar pessoas acometidas pela doença ao tratamento adequado. O trabalho foi desenvolvido na Unidade de Saúde da Família Dr. Hélvio Auto e contou com a participação de duas equipes de saúde compostas por enfermeiros, agentes de saúde e auxiliares de enfermagem.

Durante a caminhada pelas áreas 71 e 72, conhecidas como áreas de maior incidência da doença, os agentes de saúde da unidade distribuíram panfletos explicativos sobre a hanseníase, orientando sobre os sintomas e formas de contágio da doença.

De acordo com Maryland Gomes, enfermeira da equipe 72, a situação no bairro é preocupante, porque três casos da doença foram detectados, sendo que um deles – de um garoto de 15 anos, em tratamento há um ano – já está praticamente resolvido.

“É preciso salientar que a hanseníase tem cura”, afirmou a enfermeira. Segundo ela, na primeira dose do tratamento morrem 99% dos bacilos e não há mais perigo de contaminação. “Nós temos trabalhado a prevenção à doença da mesma forma com que temos combatido. Vamos de casa em casa para explicar os sintomas da hanseníase e detectar se o paciente está com manchas no corpo. Caso seja confirmado, encaminharemos à unidade de saúde para uma avaliação médica e tratamento adequado".

A hanseníase é uma doença que atinge, preferencialmente, nervos e pele. Quando não diagnosticada precocemente pode evoluir com deformidades, gerando o preconceito social. A transmissão ocorre pelo convívio com pessoa doente e sem tratamento. A pessoa doente não tratada elimina bacilos ao respirar, falar e tossir. É importante saber que a hanseníase não é hereditária e que a maioria das pessoas (90%) tem resistência natural contra essa doença.