Após um mês da chacina na Fazenda Campinas, localizada entre o complexo Benedito Bentes e a Serraria, onde os jovens José Ricardo, 24, Bruno Mendes e Diego, ambos de 15 anos e Lucas Barbosa da Silva, de 14 anos, foram assassinados com tiros na cabeça, a Policial Civil (PC) continua as investigações para identificar os responsáveis pelo crime, que causou indignação na população da região.
De acordo com a delegada Rebecca Cordeiro, que preside a comissão formada pelos diretores da PC, Mauricio Henrique Duarte e Mário Jorge Marinho para investigar o caso, mais de 16 pessoas já foram ouvidas, entre parentes das vítimas e vigias do local onde os corpos foram encontrados.
Ela informou que aguarda o resultado das representações feitas na Justiça, lembrando que não é possível resolver o caso apenas com base nos depoimentos. A delegada afirmou que segundo os levantamentos, o proprietário da fazenda, que serve de criatório para jibóias, não é considerado suspeito, como apontaram parentes dos jovens.
“Fizemos essas oitivas e há também algumas diligências, que são mais demoradas. Ouvimos vigias e o fazendeiro acusado pelas famílias. Não há motivo para ele ter mandado alguém praticar o crime. Ainda não temos uma linha de investigação, pois também não conseguimos saber se as vítimas tinham envolvimento com drogas”, contou.
Chacina
Os quatro jovens desapareceram no dia 13 de agosto, após saírem para buscar lenha em uma mata da região. Pais, parentes e amigos iniciaram então uma busca. Os corpos foram encontrados em uma grota, através de denúncia anônima. O Corpo de Bombeiros foi acionado para realizar o resgate, pois o local era de difícil acesso.
Em depoimento na OAB, a mãe do menor Lucas Barbosa da Silva, Erotildes Barbosa da Silva disse que todos os moradores do Benedito Bentes, principalmente do Conjunto Cidade Sorriso, sabem que o dono da fazenda deu ordens expressas para matar quem entrasse no local.










