Promotor investiga vereadores suspeitos em superfaturamento de obras

07/08/2010 09:22 - Blog do Sertão
Por Redação
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O promotor público estadual, Marcus Aurélio Gomes Mousinho, investiga crime de irresponsabilidade e improbidade administrativa na Câmara de Vereadores da cidade de Olho D’Água das Flores, localizada, no Sertão do Estado. Depois de uma série de escândalos políticos com a Operação Primavera, onde prendeu secretários e o prefeito foi apontado como o lider da quadrilha que desviava o dinehiro público. O alvo dessa vez são os vereadores.

Os parlamentares são acusados de superfaturar a reforma na Câmara de Vereadores onde os gabinetes são de madeirite. O promotor também investiga a empresa que fornece combustíveis para veículos do legislativo, mas de acordo com a denúncia, não existe os veículos e os combustíveis eram repassados para os vereadores.

Marcus Aurélio solicitou do presidente da Casa, Manoel Messias, cópia integral dos respectivos processos de pagamento ou financeiros dos balancetes contábeis dos meses de Janeiro, Fevereiro, Março, Abril e Maio, todos, deste ano civil de 2010; Relação de todos os veículos automotivos pertencentes a esta Câmara Municipal, inclusive, dos locados ou agregados; Endereço completo do local onde os veículos automotivos desta Casa Legislativa ficam guardados quando não estão a serviço.

Ainda de acordo com o promotor também foi solicitado o procedimento licitatório que teve como objeto a contratação da empresa que realizou a reforma nas dependências da Casa Legislativa, visando a construção de gabinetes para os vereadores, também os respectivos processos de pagamento ou financeiros.

“Inúmeras denúncias oriundas da população olhodaguense, as quais foram encaminhadas para gente dão conta de que é fato público e notório que as obras dos gabinetes foram superfaturadas. Na semana que vem, vamos investigar os documentos que já foram entregues pelos vereadores”, explicou Marcus Aurélio.

Operação Primavera

Durante a operação intitulada “Operação Primavera” foram presas o procurador do município, advogado Luciano de Abreu Pacheco, o secretário de Finanças do município Adivone Sales de Alencar Diniz, Jorge Luiz Lemos Palmeira, Carlos Alberto Rocha e Silva, André de Almeida, Expedito Pereira Novais, Clemens Santana Machado, Elias Eustáquio Miranda de Oliveira, além da primeira-dama e secretária de Assistência Social de Olho D’Água das Flores, Ana Cláudia Gomes Carvalho.

Todos os presos foram indiciados, inclusive o prefeito da cidade, Carlos André Paes acusado pelo Grupo Estadual de Combate a Organizações Criminosas (Gecoc) de ser o mentor de todo o esquema.

À época, o juiz Alfredo Gaspar informou que o desvio de recursos, por meio do esquema de recebimento e pagamento de notas fiscais frias, chega a R$ 2 milhões. O GECOC também descobriu que já foram contabilizados R$ 258 mil em obras não realizadas.

As investigações descobriram que duas escolas e uma arquibancada de um campo de futebol foram algumas das obras do município que teriam sido construídas com material de 'péssima qualidade', constando na nota fiscal um valor superior ao que foi realmente utilizado.
 

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