É lamentável como a censura e as ameaças partidas por políticos contra jornalistas começam a surgir nessa eleição. Depois de ser censurado, pela Justiça Eleitoral, a pedido do candidato ao governo Ronaldo Lessa (PDT), por ter publicado um fato jornalístico informando o motivo do recolhimento do jornal Extra das bancas de revistas. Dessa vez, o candidato também ao governo Fernando Collor de Melo (PTB) xingou o jornalista da revista IstoÉ por telefone.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) deve está atenta a tudo isso que vem acontecendo, não só em Alagoas como em outros Estados. Ultimamente o jornalista do Cada Minuto Beto Macário, quando fazia a cobertura das enchentes, Collor chamou o jornalista de cafajeste por ter feito uma pergunta que não o agradou.

Agora a cena de Collor se repetiu com a seguinte frase, contra o jornalsita da revista IstoÉ, Hugo Marques. "Quando eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho da puta", vociferou Fernando Collor após explicar ao repórter o motivo de sua ligação. A assessoria nega tudo, mas a voz é reconhecível por todos.

Nós profissionais da comunicação social devemos unir cada vez mais e defender jornalistas ameaçados por qualquer pessoa, principalmente políticos que “morrem e matam” para ocupar algum cargo na política. Vamos mostrar a sociedade quem são esses políticos. Não vamos retornar com receitas para bolos para informar a sociedade, como na ditadura militar.