O candidato à reeleição ao Governo do Estado, Teotonio Vilela Filho (PSDB), declarou que não se arrepende de ter elogiado o seu antecessor, Ronaldo Lessa (PDT), na administração estadual. Ele esclarece que isso só aconteceu porque não sabia do rombo de R$ 400 milhões deixados por sua administração.

“Cada Governo vive ou viveu as suas circunstâncias. A partir do momento que eu tomei ciência do acontecido, fui obrigado a expor para a sociedade”, justificou o tucano. Ele aponta que é obrigação do Governo tornar isso público, exercendo uma administração transparente. “Só pelo fato de ele ter sido meu aliado, eu não poderia omitir isso para a sociedade”, justificou.

Vilela declara que Lessa desaprovou a ‘publicação’ do rombo. Mas, mesmo assim, assumiu o compromisso do déficit de restos a pagar e está quitando-o. “Até agora, já honramos com R$ 300 milhões de uma dívida que não é nossa. E concluiu que sua administração termina o mandato sem dever um centavo ‘a ninguém’.

Discurso governista

Desde o começo da sabatina, Téo Vilela adotou o discurso governista. Todas as suas respostas eram embasadas em comparativos, entre os dois mandatos. A começar pelo percentual de pobreza absoluta: com 56,6% da população vivendo com metade do salário. “Há 36 anos, Alagoas era o ‘filé mignon’ do Nordeste, com um dos melhores indicadores da região. Mas as outras administrações não conseguiram dar o retorno”, antecipou o candidato.

O atual governador apontou que a mais recente pesquisa foi um levantamento de 2005 a 2008, durante a administração de Lessa. No entanto, ele explica que estes indicadores estão sendo flexionados. “Nós não estamos apenas dando uma mão de tinta na casa. Estamos fazendo uma reforma profunda. Todos os indicadores sociais estão sendo revertidos, positivamente”, declarou o tucano.

Índices de violência

Ao ser questionado sobre a violência, Vilela garantiu que ao assumiu o palácio, o Estado já era o primeiro em violência. “A partir daí, os números começaram a despencar. De 2008 para 2009 o número caiu. Em 2010, o número cai ainda mais. É uma redução muito grande, em função do trabalho de nossa segurança pública”, explicou.

Ações como ampliação da frota de automóveis, policiamento ostensivo em pontos críticos da capital e do interior, dentre outros pontos. “O conjunto Selma Bandeira, por exemplo, era um dos bairros com maior índices de homicídio. Hoje esse número foi reduzido a praticamente zero”, pontou.