O cineasta argentino, naturalizado brasileiro, Hector Babenco foi homenageado na noite de abertura da 3ª edição do Festival de Paulínia, que parece finalmente ter consertado erros anteriores e se dedicado exclusivamente ao cinema.

No palco, o diretor agradeceu a homenagem, fez discurso político e disse ter aprendido a "fazer cinema na marra". Fernanda Torres e Lázaro Ramos, mestres de cerimônia, pautaram os discursos antes da exibição de O Beijo da Mulher Aranha, clássico restaurado de Babenco, 25 anos após sua realização. A nova versão do longa, que lançou Sônia Braga ao estrelato, já tinha sido exibida este ano em mostra paralela do Festival de Cannes.

Mas se em anos anteriores Paulínia tentou se comparar a Gramado, numa tentativa de forçar o tapete vermelho goela abaixo dos habitantes da cidade, agora, a importância de ter um pólo cinematográfico em pleno Estado de São Paulo foi potencializada. A produtora Mariza Leão e Vicente Amorim ressaltaram a missão da cidade, pedindo ainda mais infra-estrutura, incentivo fiscal e mão-de-obra local - lembrando que boa parte dos filmes rodados em São Paulo já contam com o incentivo do pólo.

Este ano, concorrem na categoria principal 5 x Favela - Agora Por Nós Mesmos, de Manaíra Carneiro, Wagner Novaes, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos e Luciana Bezerra; Broder, de Jefferson De; As Doze Estrelas, de Luiz Alberto Pereira; Desenrola, de Rosanee Svartman; Dores e Amores, de Ricardo Pinto e Silva e Malu de Bicicleta, de Flabio Tambellini.

Concorrendo ao prêmio de R$ 50 mil estão os documentários As Cartas Psicografadas de Chico Xavier, de Cristina Grumbach; Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley; Uma Noite em 67, de Renato Terra e Ricardo Calil; Programa Casé, de Estevão Ciavatta; Sobre o Leite e Ferro, de Claudia Priscilla; e São Paulo Cia de Dança, de Evaldo Mocarzel.

Além dos filmes em competição, Paulínia abriga outras mostras paralelas abertas ao público.