A decisão do desembragador Orlando Manso, que concedeu habeas corpus ao empresário Daniel Victor Timóteo Bastos, tem gerado polêmica. Bastos, denunciado por formação de quadrilha e posse de arma de uso restrito pelo Ministério Público, foi solto na última terça-feira (15) depois de passar duas semanas preso.

Segundo o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, do Grupo Especial de Combate às Organizações criminosas (Gecoc), a decisão de Orlando Manso prejudica as investigações. Mas, os trabalhos do Ministério Público continuam, garantiu o promotor.

"Decisões judiciais se respeitam e devem ser cumpridas, mas cabe recurso. Vamos esperar o julgamento final do mérito. Continuamos com as investigações. Mas, quando se perdecebe que o elo mais forte está em liberdade dá um desânimo.A soltura do empresário tumultua o processo de investigação", disse o promotor.

Em relação à alegação de Manso de que o crime no qual Bastos é acusado não pode ser configurado como formação de quadrilha, Mendonça rebateu. O promotor explicou que foram denunciadas três pessoas e foi citado um quatro participante, que é um ex-presidiário.

"Não seria necessário identificar os quatro para que o crime fosse configurado. Além do Daniel, foram presas mais outras duas pessoas e isso é formação de quadrilha", finalizou o promotor.