Uma história de amor que começou através de uma sala de bate-papo na internet, que levou Bruno Antônio da Silva Bállico, 18 anos, optar a casar com outra pessoa do mesmo sexo. Bruno relevou que saiu de Mata Grande, Sertão de Alagoas para não sofrer preconceito que até então era mascarado entre amigos. E o casamento acontece na igreja evangélica Cristã Contemporânea, no Rio de Janeiro.

Bruno Bállico morou toda sua infância e adolescência sob custodia da avó, Josefa Jacinto da Silva, que até então não sabia a opção sexual do neto. “Minha vida em Mata Grande foi mascarada para não sofrer nem um tipo de preconceito”, explicou. A homofobia ainda é grande em Alagoas, e muitas das vezes acaba até em morte.

O jovem depois de vários contatos pela internet viajou para a cidade de Santo Amaro, São Paulo, onde a mãe Delina Maria Santos da Silva mora. Chegando à capital paulista os contatos foram ganhando mais dimensões, até viajar para o Rio de Janeiro e conhecer pessoalmente o DJ e consultor contábil, João Lourenço Neto, 27. Bruno, atualmente estuda balé, no Conservatório Brasileiro de Dança.

Com o consentimento da mãe, Bruno passou a morar com o carioca e estão juntos há um ano e um mês. “Minha mãe perguntou várias vezes se era isso que queria mesmo, porque casar com um homem ainda é diferente, não poderia voltar atrás, pois ficaria fichado caso desistisse e decidisse casar com uma mulher”, disse Bállico, ansioso para o casamento.

A data do casamento já está marcada, acontece no dia 19 de abril, no bairro de Vila Valqueire, Rio de Janeiro. O cerimonial será realizado na igreja Cristã Contemporânea, ministrada pelos primeiros pastores evangélicos homossexuais do país que resolveram dar mais um passo na tentativa de abolir o preconceito.

Bruno finalizou a entrevista afirmando que hoje está vivendo feliz ao lado da pessoa que gosta. “Hoje, sou quem realmente sou, pois era muito melancólico. Sou feliz por estar ao lado da pessoa que realmente cuida de mim e que eu amo muito”, finalizou.