Prefeito decreta Estado de Emergência em Marechal Deodoro

05/03/2010 13:13 - Interior
Por Redação
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O prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, vai decretar estado de emergência no município, em função da maré alta, que durante a semana destruiu dezenas de casas de veraneio, localizadas as margens da orla marítima, no povoado de Barra Nova, onde a maioria da população é composta por nativos, que tem na pesca a sobrevivência da família.

Pessoalmente, o chefe do executivo comandou o plano de emergência, quando uma draga foi acionada para a retirada do banco de areia que vem provocando o assoreamento. A medida emergencial do prefeito Cristiano Matheus, como forma paliativa para impedir que o mar avance ainda mais e venha devastar toda área, inclusive atingindo a comunidade de Massagueira e até o Sítio Histórico.

No início da semana os secretários do Meio Ambiente, Erikson Melo, e da Infraestrutura, Fernando Cavalcante, estiveram acompanhados por Marcos Lira, engenheiro responsável pelo dissipador de energia, Ricardo César, do IMA e sargento Artur Santos, Defesa Civil do Estado em Marechal Deodoro. Eles fizeram um levantamento da situação e optaram pela decretação de Estado de Emergência no município. “Como medida paliativa o prefeito determinou a colocação da draga para retirar areia e formar um banco de areia, para impedir o avanço do mar”, informou o secretário do Meio Ambiente.

“Estamos preocupados com a situação das marés altas que ainda virão e com as chuvas, por isso, há essa necessidade emergencial do dissipador para que não tenhamos mais desabrigados. Vamos fazer o possível para que a situação não piore com as enchentes que virão”, disse o secretário Erikson Melo.

Documentado, o prefeito Cristiano Matheus estará viajando nesta segunda-feira para Brasília, onde procurará as bancadas de Alagoas, no Senado e na Câmara Federal, objetivando a liberação de recursos para que seja implantado um dissipador, que irá impedir, definitivamente, a destruição de residências, como aconteceu no inicio desta semana, quando várias casas foram atingidas. Uma das residências castigada pelas ondas, que chegaram a atingir três metros de altura, foi a do senador alagoano João Tenório, além de outras residências de nativos que ficaram alagadas.

Emenda Federal

Quando exercia o mandato de deputado federal Cristiano Matheus foi o primeiro parlamentar alagoano a se preocupar com o avanço do mar, principalmente no povoado de Barra Nova, uma das principais comunidades atingidas pela ressaca. Por isso, através de uma emenda de sua autoria, foram liberados recursos da mordem de 1 milhão de reais para a implantação de um dissipador, que evitaria que novas enchentes atingissem aquela comunidade. “A obra não foi realizada em sua totalidade e quando assumi a prefeitura deste município fui dar continuidade ao trabalho restante do dissipador, mas infelizmente os recursos, da ordem de R$ 500 mil, haviam retornado ao ministério, por falta de aplicação”, lamentou o prefeito.

A força da natureza

O veranista Pedro Costa, que teve parte de sua residência destruída pela maré alta, havia feito reforma para evitar que a água invadisse sua casa, mas a reforma foi em vão. “Quando vim morar aqui as pessoas informavam sobre as marés que destruíram tudo que encontravam pela frente. Construí um muro de arrimo, com quatro metros de largura, mas não foi suficiente e o resultado é que as águas destruíram tudo”, lamentou Pedro Costa.

O morador destacou a iniciativa do prefeito Cristiano Matheus, com a colocação da draga. Já o nativo Moacyr Henrique da Silva é um dos mais preocupados com a situação. “Eu sobrevivo da pesca. Com o assoreamento não há como dar o sustento da família. Agora, essa situação nos deixa bem mais preocupados. Só espero que o pessoal de Brasília aprove imediatamente o projeto levado pelo prefeito, para que possa ser colocada a segunda fase do dissipador, que nos dará um pouco mais de segurança, em função da marés e as fortes chuvas que ainda vão cair”, justificou Moacyr
 

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