A Guia de Trânsito Animal (GTA) já faz parte da rotina de criadores profissionais. No entanto, donos de animais de estimação também precisam se acostumar a retirar a Guia para viajar com seus bichinhos.

Apenas cães e gatos não precisam do documento. Esses podem transitar acompanhados de carteira com a vacina de raiva em dia e atestado zoosanitário emitido por médico veterinário cadastrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV).

“O Ministério da Agricultura considera que essas espécies têm finalidades exclusivamente afetivas, por isso, não precisam de GTA”, explica Hedivardo Otoni, chefe da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) em Maceió.

O trânsito de animais é um dos grandes responsáveis pela introdução de doenças em uma região. Por isso, o controle dessa movimentação se torna essencial. É a GTA que possibilita aos serviços de defesa agropecuária esse controle, evitando assim a disseminação de doenças que possam pôr em risco a população ou causar prejuízos econômicos.

Para retirar a GTA, os donos de animais devem procurar uma das unidades locais da Adeal acompanhados do atestado zoosanitário do animal, que deve ser emitido por um médico veterinário. Quem possui animais silvestres precisa, ainda, apresentar a autorização para transporte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O valor da Guia varia de acordo com a espécie que será transportada, mas é muito pequeno se comparado às penalidades aplicadas a quem é flagrado transportando animais sem o documento.

Além de multas que podem ultrapassar R$160,00, os animais também são apreendidos e podem ser sacrificados. “O número de apreensões de animais está crescendo, principalmente em serviços de correios. Para evitar problemas no transporte de seus animais, os donos devem procurar a defesa agropecuária antes da viagem”, alerta Hedivardo.