A Universidade Bandeirante (Uniban) marcou para 19 de fevereiro a primeira de uma série de provas que Geisy Arruda, de 20 anos, deverá fazer para não perder o ano. A aluna do curso de turismo não voltou ao campus de São Bernardo do Campo, no ABC, desde 22 de outubro do ano passado, quando foi humilhada por outros estudantes por estar com um vestido rosa curto. Ela saiu escoltada pela Polícia Militar.
Em dezembro, o juiz Rodrigo Gorga Campos, da 9ª Vara Cível de São Bernardo, determinou que as provas fossem feitas no início do ano e que a aluna tivesse as faltas abonadas. “As provas foram marcadas para dia 19 porque o juiz pediu que fosse avisado com 20 dias de antecedência”, afirmou ao G1, na noite desta quarta-feira (10), o advogado Vicente Cascione, que representa a universidade.
Provas e folia
Geisy está dividida entre a euforia de desfilar no carnaval e a responsabilidade em tirar boas notas. “É uma correria. Ando com as apostilas debaixo do braço”, contou ela, que, na tarde de quarta, estava em uma loja comprando roupas para sua primeira viagem a Salvador. “Fui convidada para desfilar em um trio elétrico."
A maratona na folia será tão puxada quanto a das provas. Geisy também é presença confirmada no carnaval de São Paulo, onde desfila pela Gaviões da Fiel, e do Rio de Janeiro, na escola Porto da Pedra. Apesar de a cabeça e o corpo – no fim do ano, a jovem se submeteu a uma lipoescultura – estarem voltados para o carnaval, ela afirmou que fará os exames.
“São sete dias de prova. Uma em cada dia”, revelou Geisy. Mesmo sem pisar na Uniban desde outubro ela garantiu que fará os exames. “O horário é bem cedo. Acho que não vai ter ninguém lá”, disse a estudante, que teme pela sua segurança. Para Vicente Cascione, não haverá esquema especial durante a realização dos testes de fim de ano. “Ela não vai ter privilégios”.