Codé di Dona morreu

07/01/2010 13:35 - Raízes da África
Por Arísia Barros

Codé di Dona, um dos mais expressivos criadores de funaná, morreu esta noite de terça-feira, no Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia, República de Cabo Verde-África. A notícia acaba de ser dada pelo noticiário das 19 horas da Rádio de Cabo Verde. O corpo vai ser zelado em S.Francisco, localidade de Santiago, onde residia há vários anos.

De acordo com um familiar, a filha Quinha, Codé di Dona sentiu-se indisposto na segunda-feira, foi levado para o hospital, onde acabou por falecer. Antigo guarda florestal, aquele trovador estava reformado e era estimado não só pelas pessoas do convívio diário como também por um grupo grande de colegas músicos e não só.
Entrevistado em directo pela RCV, o ministro da Cultura salienta Codé di Dona nunca vai ser esquecido. “Codé di Dona é um trovador que marcou a cultura cabo-verdiana”, afirmou. Por causa disso, segundo Manuel Veiga, em Outubro passado, o governo homenageara Codé di Dona no Centro Cultural Norberto Tavares, na Assomada, Santa Catarina.
Compositor e tocador de gaita, Codé di Dona despontou para a cena musical cabo-verdiana com a gravação de algumas das suas composições pelo Bulimundo da primeira fase. “Febre funaná”, foi uma das suas peças gravadas pelo grupo de Katchass. “Fomi 47”, “Praia Maria” e “Pomba” são outros dos seus sucessos, gravados pelos Finaçon e outros grupos e cantores.
Além de várias composições, Codé di Dona gravou dois CDs. Um deles na França nos anos noventa. O seu último CD foi feito na companhia dos filhos, músicos como ele.

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