Brasil vai criar 1,3 milhão de empregos formais no ano, diz Lula

21/11/2009 04:17 - Política
Por Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que o país encerrará o ano com a criação de 1,3 milhão de empregos formais.

"Vamos terminar o ano criando 1,3 milhão de empregos com carteira assinada", afirmou o presidente durante visita à fábrica da Ford, em Camaçari, para um anúncio de investimentos.

O número é maior que o estimado nesta semana pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para quem o país criaria entre 1 milhão e 1,1 milhão de vagas com carteira assinada em 2009. No ano que vem, sua previsão é de 2 milhões.

De janeiro a outubro, foram criados 1,163 milhão de empregos formais no país. Em dezembro, tradicionalmente há uma dispensa líquida de empregados.

Aos funcionários da fábrica, Lula fez um breve histórico da crise financeira internacional, repetiu o conceito da "marolinha" e defendeu a atuação de bancos públicos nos meses de maior dificuldade.

Segundo ele, somente o Banco do Brasil tem disponibilizado hoje todo o crédito que o país tinha em 2003. "O Brasil em 2003 tinha R$ 380 bilhões [em crédito] disponibilizados para o Brasil inteiro. Hoje, só o Banco do Brasil tem isso."

Ao delinear a gênese da crise no mercado financeiro global, o presidente defendeu a regulação brasileira. No Brasil, disse, nenhum banco pode alavancar mais que dez vezes o patrimônio líquido da instituição. "Portanto a gente tinha solidez no sistema financeiro", ponderou, dizendo que os bancos norte-americanos alavancavam seu capital em mais de 35 vezes antes da crise.

Lula afirmou ainda, que o presidente americano George W. Bush (2001-2009) errou ao não evitar a quebra do Lehman Brothers.

"Se o presidente Bush tivesse noção do prejuízo que iria causar ao mundo a quebra do Lehman Brothers, possivelmente com menos de 10 por cento do dinheiro que o tesouro americano teve que colocar no sistema financeiro [inteiro], ele teria evitado que o Lehman Brothers quebrasse e teria evitado a crise financeira internacional, que tomou conta do mundo por uma desconfiança."

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