Poucos artistas conseguiram dar uma volta por cima tão grande como Mariah Carey. Em 2005, seu álbum The Emancipation Of Mimi a trouxe de volta ao topo da parada americana, após cinco anos de uma fase negativa terrível.
Que teve direito a problemas de saúde, discos vendendo pouco, relacionamentos afetivos totalmente descontrolados e um filme fracassado, entre outras coisas
Na antevéspera de virar quarentona (o que ocorrerá no dia 27 de março de 2010), no entanto, a moça parece entrar em novo período problemático. Ao menos, no quesito venda de discos.
Memoirs Of An Imperfect Angel, seu CD de estúdio de número 12, era cotado para entrar na parada americana direto no primeiro lugar, no mês de outubro. Isso não rolou.
O álbum vendeu 168 mil cópias na semana de lançamento e lhe valeu apenas o terceiro lugar entre os discos mais vendidos no mercado americano.
Ela perdeu para a veteraníssima Barbra Streisand, que vendeu 180 mil cópias e ficou com o topo da parada com seu Love Is The Answer, e para o jovem grupo de rock Paramore, que vendeu 175 mil cópias de seu Brand New Eyes.
A coisa piora se compararmos Mariah com ela própria. E=MC2 (2008), seu disco anterior, conquistou o topo da parada americana e comercializou na primeira semana de lançamento 463 mil cópias, ou seja, quase o triplo do novo CD.
O pior sintoma de queda vem agora. Após apenas quatro semanas, Memoirs Of An
Imperfect Angel caiu para o décimo quarto posto na parada americana. Ou seja, o disco ficou entre os dez mais apenas três semanas.
Seus CDs de sucesso anteriores se mantinham entre os dez mais durante meses. Lógico que o disco pode até se recuperar, mas o cheiro de fracasso fica forte no ar.
Para quem não lembra, a fase negativa anterior de Mariah Carey se iniciou em 2001, quando saiu da Sony Music e assinou um contrato milionário com a Virgin Records. Lá, lançou a trilha sonora do filme Glitter, que vendeu muito pouco.
O filme, estrelado e concebido por ela, foi um fracasso completo, e ainda deu o azar de estrear justo no dia 11 de setembro de 2001, data do maior ataque terrorista sofrido pelos Estados Unidos em seu próprio território.
Problemas de saúde e instabilidade pessoal levaram a cantora a perder o rumo por algum tempo, lançando discos fracassados e sendo considerada decadente por alguns.
Algo horrível para uma artista que foi considerada a mais bem-sucedida no mercado americano durante a década de 90, e que conquistou o mundo com suas baladas românticas e canções dançantes na linha do rhythm and blues moderno.
Mariah Carey esteve duas vezes no Brasil. Uma em 1999, quando fez apenas divulgação de seu disco Rainbow na imprensa e em programas de tevê, e no mês passado, quando cantou quatro músicas no Fashion Rocks.
Uma lembrança curiosa de sua primeira visita: ela participou do programa de Hebe Camargo, que não conseguiu acertar de jeito algum o nome da cantora, chamando-a de Maiara e diversos outros nomes. Menos Mariah (pronuncia-se maráia). Que gracinha!