Quem vê Aparecida Petrowky, a Sandrinha de “Viver a vida”, nem imagina que a moça enfrente uma hora e meia dentro de um ônibus, todos os dias, para gravar a novela das oito. Esta semana, a coluna acompanhou um dia da rotina da atriz global longe do glamour da TV. “Esta aí não é aquela da novela?”, perguntava uma senhora para o baleiro, que parecia não acreditar no que via em um ponto de ônibus da Barra. “Não é possível, deve ser pegadinha”, dizia outra moça desconfiada.
Cida, como é chamada pelos mais íntimos, conta que já se acostumou com o burburinho. “É sempre assim. As pessoas se chocam quando me vêem enfrentando um ‘buzão‘”, diverte-se a atriz, no meio do trajeto entre Ipanema, onde mora, até os estúdios do Projac, em Jacarepaguá.
Dentro do coletivo é sempre uma festa. Ao perceberem a presença da atriz, uma multidão se aglomera rapidamente com inúmeras câmeras. ”Na cabeça destas pessoas, é difícil acreditar que um artista da Globo não seja rico e não tenha carro. Mas eu sou a prova disso. Quero muito ter o meu, mas ainda falta muito dinheiro“, diz bem humorada Aparecida. Ela jura que não se incomoda com o assédio, mas confessa que isso atrapalha um pouco na hora de decorar os textos a caminho do trabalho. ”No início da novela ainda dava para estudar os capítulos, mas agora isso é praticamente impossível“, conta.