Desfalcados do baixista Chi Cheng, que sofreu um grave acidente de carro em novembro de 2008, os americanos do Deftones retornam ao Brasil como atração do festival Maquinária, marcado para acontecer no dia 7 de novembro, na Chácara do Jockey, em São Paulo.

Em conversa com o Terra, o vocalista Chino Moreno falou sobre a decisão da banda de continuar sem Cheng, que ainda se recupera no hospital, e as expectativas sobre o show. "O Chi iria querer que a gente continuasse tocando música ao vivo e compondo. É uma época muito difícil, mas é tudo o que podemos fazer", afirmou.

Mesmo passando por essa crise, o grupo seguiu em frente e deve lançar até o fim do ano o disco Eros. Chino ainda citou a fase difícil como inspiração. "É nosso melhor disco, colocamos nosso coração nele depois do que aconteceu com o Chi", explicou.

Leia a entrevista com Chino Moreno:

Vocês já conhecem o público brasileiro. O que esperam agora?
Vamos tocar com algumas de nossas bandas favoritas, tenho certeza de que será ótimo. o show que fizemos aí foi ótimo em 2007 foi incrível. É muita energia que vem do público e vamos devolver essa empolgação com certeza. Estamos animados para voltar aí e vamos tocar um set cheio de energia. Estamos ansiosos para lançar o disco novo e vamos aproveitar esse embalo no show.

Você é fã de Faith No More, Sepultura e Jane's Addiction?
Essas bandas são referência e influência direta na nossa música quando começamos. Gosto muito deles e vai ser uma honra dividir o palco com esse nomes.

Vocês passaram por um período de crise com o acidente de Chi Cheng. Como lidaram com isso?
Foi um período muito difícil. Nos reunimos para decidir o que faríamos e decidimos que iamos colocar toda nossa energia na nossa música. Tudo que acotneceu e o que passava na nossa cabeça deixamos transparecer nessas músicas. Foi o que fizemos e isso nos trouxe nossas melhores canções.

O acidente acabou servindo de inspiração?
É nosso melhor disco. Colocamos nosso coração nele depois do que aconteceu com o Chi.

E como se sentem seguindo com a banda sem ele?
É difícil. Todos os dias nos rezamos para que ele melhore e volte a tocar conosco. Como amigo e como baixista. A única coisa que conseguimos pensar em um momento como este é pensar no melhor e continuar. O Chi iria querer que a gente continuasse tocando música nos shows e compondo. É uma época muito difícil, mas é tudo o que podemos fazer.

E o repertório? Alguma música nova já entra no setlist?
Não tocaremos músicas novas porque acho que o álbum não estará nas lojas até lá. Vamos nos focar nas versões ao vivo que temos e tentar mostrar canções de todos os nosso discos. Será um set bem completo da nossa carreira. Temos uma lista de 30 músicas de todos os discos e vamos montar o repertório minutos antes de entrar no palco.