Sexy. Assim pode ser resumido alguns dos desfiles de Milão, nesse domingo (27), que marcou o fim das apresentações das principais marcas do evento. Esta segunda (28) é o feriado judaico do Yom Kippur e as grifes fizeram um movimento de antecipação das datas para que não fossem prejudicadas pela ausência de compradores e imprensa.
Quem deu início a tudo foi a dupla Dolce&Gabbana, e depois de ver o desfile deles, talvez de para entender o motivo. Os bodies e espartilhos super sensuais e as rendas podem não combinar com um feriado religioso. A coleção foi quente, sensual, latina. Um retorno ao início da grife, no começo dos anos 1980. Ou talvez siciliana, para lembrar a terra natal dos estilistas.
Rendas que conferiam transparências e sensualidade a quase todas as peças, até mesmo a paletós e calças jodpurs, ideias masculinas levadas ao guarda roupa feminino. Depois, delicadas peças blommer (mais larguinhas no quadril). Franjas, redes e estampas florais em fundos vermelhos, mesma cor do batom, traduziam o espírito da dupla. Detalhe: telões espalhados pelo salão do evento mostravam quem entrava, estava na primeira fila, as modelos sendo maquiadas e os estilistas no backstage. No final, todas as modelos voltaram a passarela com vários tipos de bodies: sensualidade pura.
Sensualidade também presente no desfile de Emilio Pucci, desenhado pelo norueguês Peter Dundas, em que decotes e transparências fizeram a mulher revelar o corpo, mas sem extravagância. Nas formas, tanto vestidos justos quanto amplos, esvoaçantes, com estampas delicadas.
Decotes pronunciados, transparências e estampas florais ou de arabescos também deram um tom ultra feminino ao desfile da Etro, que teve toques setentistas, com pantalonas e cabelos frisados. Os comprimentos foram dos longos ao curtos, assim também como houve democracia nas formas, que podiam ser amplas ou mais ajustadas.
Numa atitude punk, mas sem perder a ternura, Jonh Richimond trouxe decotes sensuais, transparências e vestidos curtos e sexies, complementados por calças, bermudas e outros longos. E fechando o dia, as novas sexy-girls da Versus (segunda marca da Versace), com vestidos curtos, em que fendas, alfinetes e correntes mostravam a cara que Donatella Versace e seu pupilo Christopher Kane, de 27 anos, querem dar a marca, interrompida desde 2005. Uma atitude sexy, mas sensual, roqueira e romântica.









