O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Omar Coelho, criticou durante entrevista na manhã desta sexta-feira (25) ao âncora Elias Ferreira, da Rádio CBN Maceió, a forma como ocorreu a prisão do advogado e procurador do município de Olho D’Água das Flores, Luciano Pacheco.

Segundo Omar a prisão de um advogado só poderia acontecer se a OAB fosse comunicada antecipadamente, por isso considera ilegal. “Como se trata de um advogado, a OAB deveria ser avisada sobre o fato, para que alguém da ordem acompanhasse a operação. Recebemos um ofício por volta das 9 horas sobre a prisão, mas isso deveria ter ocorrido anteriormente”, disse.

O advogado lembrou ainda que essa não é a primeira vez que acontece. “Os juízes da 17ª Vara Criminal já fizeram isso outras vezes. Sempre sou avisado pelo Marcílio Barenco, mas não sei o que houve desta vez. A comissão de prerrogativa da OAB já está cuidando do caso e vai entrar com um habeas corpus para garantir a liberdade do advogado”.

A Operação, que recebeu o nome de Primavera, foi deflagrada na manhã de hoje por policiais civis da Divisão Especial de Investigação e Capturas. Eles cumpriram no município 11 mandados de prisão.

A operação, que teve a coordenação dos promotores de justiça do Grupo Estadual de Combate a Organizações Criminosas. Entre os presos está a secretária de ação social do município, Ana Cláudia Gomes Carvalho, mulher do prefeito do municipio Carlos André dos Anjos.

Também foram presos ainda o procurador do município, Luciano de Abreu Pacheco, o secretario de finanças da prefeitura Adivone Sales de Alencar Diniz, Clenes Santana Machado, Jorge Luiz Lemos Palmeira, Carlos Alberto Rocha e Silva, Expedito Pereira Novais.

A ação foi desencadeada depois que o Ministério Público de Alagoas encontrou irregularidades em licitações realizadas pela prefeitura, além de desvio de verba pública.