Até hoje ainda procuro no poder público, quem se interessa em construir um Instituto Médico Legal (IML) na região sertaneja, tão esquecida em Alagoas, alguém sabe? Sabemos que os dois que existem no estado funcionam em situações deploráveis. Aqui pra nós, o mato já toma conta do prédio que começou a ser construído em Palmeira dos Índios.
Vamos começar falado do IML de Maceió, primeiro nem sede própria tem, funciona em salas cedidas pelo Centro de Ciência Biológicas (CCBI) que pertence à Universidade Federal de Alagoas, que luta para consegui-las novamente. E o pior, falta bons profissionais, os que têm não se interessam devido o péssimo salário, você se dedicaria em algum trabalho ganhando pouco?
Um único rabecão velho e enferrujado atende várias cidades do Litoral Sul, Norte e a Capital. Vamos para pratica, um exemplo, no dia 07 de Setembro foram registrados sete mortes, só em Maceió. E se existissem mais chamados para cidades do litoral? Sabemos quanto um carro mais “roda” ele é desgastado isso é a lógica. Alguém sabe onde foi parar a doação feita pelo apresentador Jô Soares, na época que PC Farias foi morto? È uma pergunta que ninguém responde!
A copia de tudo isso, e o dobro, estão no IML de Arapiraca, no Agreste de Alagoas. Além da região onde é instalado, atente o Sertão e Alto Sertão. O irmão do rabecão de Maceió, só que mais velho, é o que faz todo trabalho de coleta na outra metade do Estado. Familiares tiveram que esperar 24 horas ou mais, para o corpo ser devolvido a família e só assim realizar o sepultamento.
Não é novidade, o corpo ser entregue aos familiares no estado de decomposição. A maioria delas impedidas de promoverem velórios. Já pensou? Saindo do exame de necropsia direto para o cemitério essa é a cena mais normal que existe no sertão.
A construção do IML de Palmeira dos Índios foi paralisada e faz um bom tempo, tempo esse para deixar os matos tomarem conta! Bom, com isso já dá até para imaginar quando sairá à construção de um no sertão? Enquanto isso é melhor ficar espantado os urubus!