Chico Anistia é homenageado pelo governo de Alagoas

03/09/2009 11:09 - Eventos
Por Redação
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O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos e da Superintendência de Políticas de Promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos, prestou uma homenagem nesta quarta-feira (2), no Memorial Teotônio Vilela, ao economista Francisco de Assis Correia Gomes, conhecido como Chico Anistia, pela passagem dos 30 anos de implantação da Lei da Anistia no Brasil, na última sexta-feira (28).

A iniciativa, de acordo com a secretária Wedna Miranda, se deve à luta do homenageado em favor da democracia e do resgate da história de anistiados políticos de Alagoas.

“Sabemos como foi doloroso para muitas famílias que foram protagonistas dessa história. As crianças e os jovens precisam saber o que é a Anistia e o Chico foi responsável por parte desse resgate. Esse evento é uma forma de o Estado e a Nação pedirem perdão por não terem entendido as ideias dessa juventude. É quase uma missão esse resgate que estamos fazendo hoje com a homenagem, na presença de pessoas que fizeram parte dessa história, como Anivaldo Miranda, Marcelo Malta e a família de Chico Anistia”, considerou a secretária.

A biografia do homenageado foi comentada pela superintendente Josilene Lira. Na medida em que fotos eram mostradas, a trajetória de vida de Chico Anistia servia como fonte de lembrança para os presentes.

O historiador e professor Sávio de Almeida esteve na solenidade e lamentou a morte de Chico, afirmando que ele poderia ter contribuído muito mais com a história de Alagoas. “Ele tornou-se um símbolo. O nome dele diz tudo. À medida que é feita essa homenagem mostramos também o senador Teotônio Vilela”, lembrou.

Chico Anistia contribuiu de forma decisiva para a construção de uma história sobre os perseguidos políticos pela ditadura militar. Ele faleceu em 1985, vítima de acidente automobilístico na Bahia. Hoje, é recordado por vários historiadores como importante militante pelo resgate da história dos anistiados de Alagoas, como lembrou o também historiador Geraldo de Majella. “Sua luta ficou incorporada com seu próprio nome e deve ser lembrada devido a sua garra juvenil”, falou.

Acompanhado da esposa, o pai de Chico, Nelson Gomes, recebeu da secretária Wedna Miranda uma placa pelo reconhecimento e agradecimento do governo do Estado. “Esta é a primeira vez que meu filho é homenageado. Fico muito feliz pela iniciativa e só tenho a agradecer o momento, que foi feito com muito carinho”, afirmou, citando a tia de Chico, Alba Correia, como a responsável pela entrada de seu filho na política, por meio do partido político PCdoB.

O evento contou com a presença de seis adolescentes das Unidades Femininas e Masculinas do Núcleo Estadual de Atendimento Socioeducativo (Neas), que receberam um kit das mãos da presidente do Memorial Teotônio Vilela, Janice Vilela, contendo um livro sobre o “Menestrel das Alagoas” Teotônio Vilela.

Participaram ainda irmãos, primos e tios do homenageado, os superintendentes de Políticas para a Juventude, Bérgson Tenório; de Promoções dos Direitos e de Políticas para Mulher, Micheline Toledo; de Proteção e Garantia na Medida Sócioeducativa, Rosa Augusta; as diretorias de Articulação e Apoio aos Movimentos Sociais, Caroline Toledo e de Unidade de Reeducação, Eneida Brito, entre outros.

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