Uma briga de bar deixou a população do povoado Santa Cruz do Deserto, aterrorizada, na noite deste domingo (12). O lugarejo fica distante 13 km de Mata Grande, no sertão do Estado. José Nilton Alves, 39, foi assassinado com vários tiros, após discussão com Cícero Alexandre da Silva, 40, em uma mesa de bar.

José Nilton foi executado e o sobrinho dele, Adilson Avelino Alves da Silva, 20, baleado, por Silvânio Ferreira da Silva, 21 anos, filho de Cícero Alexandre. Após praticar o crime, Silvânio fugiu do povoado, enquanto o pai dele foi para casa dormir, residente ao lado do Bar do Ceará, local onde aconteceu o crime.

Minutos depois, cerca de 20 pessoas da família de José Nilton, arrombaram a porta da casa de Cícero Alexandre e quebraram todos os móveis e eletroeletrônicos. A família estava procurando Silvanio, mas não o encontram. Cícero Alexandre foi arrastado e executado a pauladas no terreiro de sua residência. A mãe e os irmãos de Silvânio, o acusado pelo crime, também foram espancados.

O prefeito Jacob Brandão se preocupa com a falta de segurança no município e reclamou do baixo efetivo policial. “Estou agendando uma data para conversar com o Secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, e relatar a falta de estrutura na delegacia e o baixo efetivo policial no município” disse.

Brandão já solicitou um orçamento para instalação de câmeras na cidade. “Mata Grande é um lugar tranquilo, mas nós devemos precaver para o que possa acontecer. O orçamento conta com 16 câmeras instaladas em pontos estratégicos da cidade e no povoado de Santa Cruz do Deserto”, explicou Jacob Brandão.

Um policial, que não quis se identificar, falou que os corpos foram levados em uma viatura da Guarda Civil Municipal de Delmiro Gouveia, porque a viatura da polícia estava quebrada. O rabecão do Instituto Médico Legal de Arapiraca (IML) foi recolher os corpos em Delmiro em seguida levados para capital do Agreste. Adilson Avelino está internado em um hospital na cidade baiana de Paulo Afonso, e passa bem. 

O delegado Antônio Vieira de Barros, o “Barrinhos”, investiga o caso. Segundo a polícia, José Nilton tinha passagem pela polícia de São Paulo, por homicídio e também respondia pelo crime de roubo de gados na região de Mata Grande. A vítima já havia se envolvido numa briga com policiais. Na ocasião, José Nilton conseguiu tomar uma pistola de um policial civil e bateu em outro policial militar.