O futebol alagoano não é mais o mesmo de 15 anos atrás. Jogadores, “dirigentes” e torcedores já começaram a sentir esta crise financeira em Alagoas. No Estado, a crise financeira no futebol começou a ser sentida antes mesmo desta crise mundial que assola o mundo.

Os principais clubes do futebol alagoano, CSA e CRB não conseguem iniciar uma competição sem ter a ajuda de “colaboradores” e anônimos. Os dois maiores clubes do Estado ficam sempre refém de políticos e os chamados abnegados do futebol, para poderem realizar algumas contratações e formar suas equipes para iniciar um certame estadual ou nacional.

Além da falta de estrutura em todos os setores dos clubes Alagoanos, seis clubes têm débitos imensos com o INSS, entre eles quatro disputam a primeira divisão do Campeonato Alagoano. CRB, CSA, ASA de Arapiraca, Comercial de Viçosa, Ipanema de Santana e Ferroviário - devem ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) R$ 4,8 milhões desde 1993, sendo que R$ 3,9 milhões estão inscritos em dívida ativa e R$ 900 mil estão parcelados.

O maior devedor é o ASA de Arapiraca, com sua divida atingindo R$ 2,2 milhões, seguido pelo CSA, com R$ 1,3 milhão. Em seguida, vem o CRB, com R$ 1,1 milhão, o Comercial, com uma dívida de R$ 188 mil, o Ferroviário, que deve 14 mil, e o Ipanema, que tem um débito de três mil. Já a dívida da Federação Alagoana de Futebol (FAF) é superior a R$ 924 mil, e foi parcelada.

No entanto, a divida dos clubes profissionais do Brasil com a previdência social, está em torno de R$ 422,3 milhões.