O Natal é tempo de paz, união e amor, para as confeiteiras, além de tudo isso, é tempo de muito trabalho. Nessa época, a procura por produtos de confeitaria cresce significativamente, com aumento de vendas de itens como panetones, bolos decorados e doces temáticos. Em entrevista ao Cada Minuto, algumas confeiteiras falaram sobre como se programam para o fim de ano.
Segundo dados da ABIMAPI e do Instituto Ideal, o setor de confeitaria está em constante expansão. No ano de 2024, o setor de panificação e confeitaria faturou mais de R$ 153,3 bilhões, 10,9% a mais em relação ao ano anterior.
Conforme dados do Senac Alagoas, as matrículas nos cursos de panificação e confeitaria costumam aumentar significativamente a partir de outubro, acompanhando o aquecimento do mercado natalino. “O crescimento pode chegar a 30% neste período, impulsionado por pessoas que buscam se qualificar e aproveitar as oportunidades de renda extra que surgem nesta temporada”, informou a assessoria.
Paixão que nasceu na pandemia
Rânele Ferreira, de 24 anos, proprietária da Doses de Amor, começou na confeitaria na pandemia e, desde então, vem trabalhando com os doces. “Comecei na confeitaria no tempo da pandemia porque precisava me ocupar e conseguir uma renda, já que na época não trabalhava, e hoje não só é minha fonte de renda como também é a minha paixão”, declara.

A confeiteira trabalha com chocotones recheados, brigadeiros e guirlanda de brownie. Começa a organizar o cardápio em novembro para que as pessoas consigam se programar e ela consiga atender à demanda da época.
“Acredito que, fazendo isso, eu consigo não só alcançar mais pessoas, mas também ajudo os clientes a se organizarem para o Natal, tiro dúvidas e combinamos o que faria mais sentido tanto para a ceia de cada um. Os doces também são bem procurados para presentes”, afirma.
Empreender como alternativa em tempos difíceis
Thayná Bastos, de 26 anos, também iniciou na pandemia e viu na confeitaria uma oportunidade de negócios com o Ateliê dos Doces. “Meu último ano de faculdade foi em 2021, no auge da pandemia. Tive dificuldade para concluir os estágios obrigatórios, pois os hospitais estavam dificultando o acesso dos estudantes por conta das regras de segurança, e nunca gostei de ficar parada, então me veio a ideia de começar a vender alguns doces na Páscoa, e daí em diante nunca mais parei”, relata.
Ela explica que, devido à grande quantidade de festas, confraternizações e comemorações no geral, o trabalho fica mais intenso e há um aumento significativo na demanda.
“Temos um volume grande de pedidos e vamos adequando a nossa rotina a esses pedidos. Trabalho com chocotones artesanais recheados, sobremesas para a ceia e caixas de brigadeiros personalizados. Sem dúvida, o campeão de todos os anos é a guirlanda natalina de brownie”, explica.
Novos e doces desafios
Este é o primeiro Natal em que Anna Raquel, de 20 anos, que trabalha como confeiteira, começou a empreender com apenas 14 anos, com cones trufados na sua loja Deliciê Doces.

“Este é o meu primeiro Natal trabalhando com a doceria, e tem sido uma experiência incrível. Confesso que não esperava receber tantos pedidos, o que tornou esse período ainda mais especial e desafiador”, comenta.
Atualmente, seu carro-chefe tem sido os mini chocotones, além deles, Anna também trabalha com os barratones, barras de chocolate recheadas com Nutella e panetone. “A produção é feita de acordo com a data de entrega de cada pedido, já que todos os produtos são artesanais e preparados com cuidado para garantir a qualidade. O Natal é um período em que as pessoas gostam de presentear com produtos personalizados e artesanais”, destaca.
“A confeitaria é uma área ampla, com muitas oportunidades, que exige dedicação, estudo e persistência, mas que também traz muita realização”, conclui a confeiteira.
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