O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), ajuizou pedido de condenação, que pode atingir mais de 250 anos de reclusão, contra integrantes do primeiro núcleo de uma Organização Criminosa (Orcrim) que foi alvo da “Operação Invoice”, em 18 novembro de 2025.
De acordo com as investigações, os componentes, com conexão nos estados de Alagoas, Espirito Santo e Santa Catarina, são acusados do cometimento de Orcrim, de fraudes fiscais, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica gerando um prejuízo estimado de $ 40 milhões aos cofres públicos. O grupo mantinha um esquema sofisticado de sonegação fiscal, no mercado de importação e exportação, cujos ganhos ilícitos se transformaram em lavagem de dinheiro, camuflada com a aquisição de imóveis em Santa Catarina, Espírito Santo e no exterior, sendo que alguns destes pagamentos foram efetuados com pedras preciosas.
Embora esse pedido de condenação atinja apenas uma parte da Orcrim, o Gaesf assegura que as apurações continuam em relação aos demais núcleos da empreitada delitiva para que, de igual modo, sejam rigorosamente responsabilizados criminalmente e haja a recuperação integral dos prejuízos causados ao erário.
Vale ressaltar que todo trabalho de investigação é resultado da união de forças entre o Ministério Público de Alagoas e o de Santa Catarina, e suas Procuradorias -Gerais, bem como das secretarias da Fazenda , polícias Militar e Civil de ambos os estados.
Para o Gaesf, com essa atuação, o MPAL, além de defender a ordem tributária, reafirma o compromisso de proteger os direitos coletivos e sociais preservando os interesses dos bons contribuintes, buscando garantir os direitos fundamentais da população vulnerável.
“Invoice”
Com a deflagração da Operação Invoice, o Ministério Público desarticulou uma organização criminosa suspeita de sonegar R$ 40 milhões e movimentar R$ 400 milhões em operações irregulares. Entre os envolvidos, nos três estados, haviam empresários, funcionários públicos, inclusive aposentados, testas de ferro e supostos operadores de lavagem de dinheiro.
*Com assessoria









