Desde que o processo de liquidação do banco Master foi determinado pelo Banco Central, há algumas semanas, muita controvérsia tem surgido a respeito das operações financeiras, especialmente aquelas realizadas por institutos públicos de previdência. O Maceió Previdência está nesse grupo, pois também era investidor do banco.
Até o início do ano passado, quando Maceió tomou a decisão do investimento, o Master operava normalmente, sem qualquer notificação de risco por parte do Banco Central. Porém, Maceió está em vantagem em relação aos demais, afinal, em apenas cinco anos, mais que triplicou seu patrimônio, saindo de R$ 400 milhões para perto de R$ 1.5 bi. O maior montante já registrado em sua história.
Mas nem sempre foi assim. Até 2020, a instituição era utilizada como fundo extra para que a prefeitura conseguisse pagar obrigações e até o 13º dos servidores, gerando um prejuízo de R$ 72 milhões ao caixa. Uma improbidade administrativa conhecida como “pedalada fiscal”, quando o gestor desvia recursos que estavam com uma destinação específica para outras funções, como saldar dívidas ou diminuir rombos.
À época, o prefeito de Maceió era o hoje vereador Rui Palmeira, que terá suas contas julgadas pela Câmara Municipal de Maceió e, caso sejam reprovadas, pode sofrer um processo que resultaria na cassação dos direitos políticos.
O Maceió Previdência afirmou, através de nota, que nenhum aposentado ou pensionista corre risco de ficar sem receber, pois há saldo em caixa suficiente para que todos os valores sejam pagos. O órgão garantiu que fará todos os esforços para reaver os valores investidos, indo à Justiça, caso seja necessário.
O Maceió Previdência é um dos institutos previdenciários que mais ampliou sua carteira de ações nacionalmente, com investimentos em 17 instituições diferentes, desde o Banco do Brasil, que é público, ao BTG e Daycoval, que são privados.









