Alagoas já contabiliza 300 casos de Aids em 2025, e a faixa etária dos 20 aos 34 anos concentra a maioria dos diagnósticos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (1º) pelo Ministério da Saúde, durante o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Ao todo, 115 casos foram registrados entre jovens adultos, o que representa o maior percentual entre todas as faixas etárias analisadas.
Logo atrás aparece o grupo de 35 a 49 anos, com 105 notificações, enquanto a faixa dos 50 a 64 anos somou 53 casos. Pessoas de 65 a 79 anos contabilizaram 15 diagnósticos, adolescentes de 15 a 19 anos tiveram sete registros e idosos com 80 anos ou mais somaram dois casos. Entre crianças, três faixas etárias — menores de 1 ano, de 1 a 4 anos e de 5 a 9 anos — registraram um caso cada. Não houve notificações na faixa de 10 a 14 anos.
Os dados também mostram que 137 pessoas morreram por Aids em Alagoas neste ano, número que acende um alerta sobre o avanço da doença no estado e reforça a necessidade de ampliação das ações de prevenção.
Descuido entre jovens
Para o infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau),
, o fato de a juventude liderar o ranking revela negligência com medidas básicas de prevenção. Ele reforça que, embora não tenha cura, a Aids é totalmente evitável com o uso de preservativo e a não reutilização de materiais perfurocortantes, como seringas.
“Há formas comprovadamente eficazes para prevenir a Aids, e as pessoas, principalmente os jovens, devem atentar para as medidas de proteção. Seguindo as orientações dos profissionais de saúde, não há risco de contrair a doença. Os preservativos, masculino e feminino, estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde dos 102 municípios”, destacou o especialista.
Estratégias adicionais de prevenção
Além dos preservativos, o SUS disponibiliza duas estratégias importantes para evitar a infecção pelo HIV: a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP).
A PrEP consiste no uso diário de antirretrovirais por pessoas que não têm HIV, mas têm maior risco de exposição. Em Alagoas, o serviço está disponível no PAM Salgadinho, no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do Hospital Escola Helvio Auto (HEHA), na Clínica da Família do Jacintinho e nos SAEs de Arapiraca, União dos Palmares e Palmeira dos Índios.
Já a PEP é indicada para situações de urgência, como violência sexual, relação sexual sem proteção, acidentes com materiais perfurocortantes ou contato com material biológico. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras horas, e tem duração de 28 dias.
Em Maceió, a PEP é oferecida nas UPAs do Trapiche, Benedito Bentes e Tabuleiro do Martins, além do HEHA, HGE e Hospital da Mulher. No interior, está disponível em unidades como o Hospital de Emergência do Agreste, Hospital Ib Gatto Falcão, Hospital Clodolfo Rodrigues, Hospital Regional do Norte e UPAs de Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Viçosa.
*Com assessoria










