Piranhas e Batalha (AL) – O projeto Mulheres Conectadas: Empoderamento Digital no Semiárido – Capacitando Mulheres com Tecnologia Inovadora está promovendo uma transformação histórica no acesso à tecnologia para mulheres quilombolas em Alagoas. A iniciativa, contemplada pelo edital Inova Mulher, idealizado pela SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), vem impactando profundamente as comunidades Quilombola do Sítio Lages, em Piranhas, e da Comunidade Quilombola Cajá dos Negros, em Batalha.
“Levar tecnologia para comunidades quilombolas do Semiárido é mais do que inclusão digital — é reparação histórica. Esse projeto mostra que inovação também nasce do território e para o território.” — Gesyca Santos, cofundadora da Mulheres Conectadas
Em um cenário onde a falta de conectividade ainda impõe barreiras especialmente às mulheres, o projeto surge como resposta prática ao quadro global de desigualdade digital. De acordo com o relatório Gender Snapshot 2025, da ONU Mulheres, enquanto 70% dos homens utilizam a internet, apenas 65% das mulheres têm acesso. Essa desigualdade se agrava em regiões menos desenvolvidas, onde apenas 29% das mulheres estão conectadas, em comparação com 41% dos homens — números que refletem diretamente a realidade dos territórios tradicionais do Nordeste.
Tecnologia adaptada ao Semiárido e ao cotidiano das mulheres
Para enfrentar esse cenário, o projeto adota um modelo híbrido de aprendizagem, unindo encontros presenciais a uma solução tecnológica exclusiva: um dispositivo educacional inteligente e totalmente offline, criado para funcionar em áreas com pouca ou nenhuma conexão. Por meio dele, as participantes têm acesso a trilhas de conhecimento, vídeos e atividades interativas que possibilitam o desenvolvimento de competências essenciais no mundo atual.
“Criamos uma tecnologia pensada para as condições reais do Semiárido. Ver as mulheres navegando pelos conteúdos e descobrindo novas habilidades mostra que educação acessível realmente transforma vidas.” — Alessandra Pontes, cofundadora da Mulheres Conectadas
A formação é ampliada por uma plataforma digital exclusiva, com conteúdos acessíveis, linguagem inclusiva, pensados para fortalecer pilares fundamentais da autonomia feminina: letramento digital, habilidades empreendedoras e liderança. O projeto fornece o primeiro passo — o “start” — para que essas mulheres ingressem ou retornem ao mercado de trabalho de forma mais competitiva, consciente e com poder de escolha sobre seus caminhos profissionais.
“Estar com essas mulheres em sala e ver a evolução delas é indescritível. Muitas chegam sem contato com tecnologia e saem confiantes, dominando novas ferramentas.”— Genice Silva, facilitadora do projeto
O projeto reforça compromissos fundamentais com a Agenda 2030 da ONU, contribuindo diretamente para:ODS 4;ODS 5; ODS 10.
Parceiros fundamentais para o impacto social
O alcance do projeto só foi possível graças ao apoio de parceiros que reconhecem a urgência da inclusão digital e da equidade de gênero. Entre eles, tem papel central o Núcleo Acadêmico Afro Indígena e Direitos Humanos (NAAIDH), do Centro Universitário CESMAC, representado pelo professor Jorge Vieira, responsável por estabelecer a ponte entre o projeto e a Comunidade Quilombola Cajá dos Negros.
A articulação entre academia, inovação social e comunidades tradicionais fortalece o impacto do projeto e demonstra como ações colaborativas são essenciais para promover transformações estruturais, duradouras e territorialmente significativas.
APOIO INSTITUCIONAL:
Instituto Federal de Alagoas (IFAL)
APOIADORES:
Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Alagoas;
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL);
Mentoring Team;
Wave Mídia;
CESMAC;
JM Comunicação Visual.
Inscrições gratuitas:
https://mulheres-conectadas.vercel.app/









