O deputado federal Marx Beltrão defendeu, nesta quinta-feira (04), uma investigação “implacável, rigorosa e totalmente transparente” sobre a denúncia que envolve Fábio Luís Lula da Silva — o Lulinha, filho do presidente Lula. A afirmação surge após reportagens apontarem depoimentos que mencionam supostos repasses financeiros de alto valor feitos por Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, a Lulinha.

 

A denúncia, revelada por veículos de imprensa, cita pagamentos mensais e outros repasses milionários ainda não comprovados, mas que já acenderam um alerta no Congresso Nacional e entre autoridades de fiscalização. Segundo o depoimento divulgado, os supostos pagamentos teriam ocorrido no contexto de um esquema investigado na Previdência Social — o que, para Beltrão, torna tudo ainda mais grave, dado o impacto direto no maior sistema de proteção social do Brasil.

 

Marx Beltrão afirmou que a gravidade da acusação exige um tratamento proporcional, firme e independente:

 

“Estamos diante de uma denúncia gravíssima. Gravíssima mesmo. O país precisa de uma apuração rigorosa, cuidadosa e sem qualquer tipo de acomodação. A sociedade brasileira exige respostas — claras, rápidas e transparentes. Ninguém pode estar acima da lei, absolutamente ninguém.”

 

O parlamentar destacou que o filho do presidente da República tem, como qualquer cidadão, pleno direito à ampla defesa, mas ressaltou que a postura do Estado diante de suspeitas dessa magnitude precisa ser exemplar, especialmente quando envolve possíveis relações com investigados por fraudes.

 

“O filho do presidente, assim como qualquer investigado, deve ter garantido todo o seu direito de defesa. Mas se — e somente se — os fatos forem confirmados, estaremos diante de algo extremamente grave, com repercussões profundas para o país, para a credibilidade das instituições e para a confiança do brasileiro no sistema público.”

 

Beltrão reforçou que o Brasil vive um momento em que a transparência é indispensável e que a sociedade não tolera sombras, omissões ou favorecimentos:

 

“O Brasil não aguenta mais casos mal explicados. A verdade precisa aparecer — seja ela qual for. Não há espaço para impunidade e também não há espaço para perseguição. O que existe é o dever de esclarecer. A sociedade exige isso. As instituições exigem isso.”

 

O deputado afirmou ainda que acompanhará de perto os desdobramentos na CPMI do INSS e cobrará, sempre que necessário, respostas dos órgãos de investigação.

 

“Esse caso não pode ser tratado de forma superficial. São acusações pesadas, graves, que precisam ser investigadas com total independência. O país merece essa clareza.”