O homem de 33 anos que foi preso no último domingo (26) após ser encontrado escondido no teto de uma casa em Marechal Deodoro, na Grande Maceió, é suspeito de envolvimento no assassinato do agiota Rubens Lima Barreto. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado dentro de uma caminhonete abandonada em um canavial no município, em julho deste ano.

Segundo a Polícia Civil de Alagoas (PCAL), a companheira do suspeito também é investigada. Ela já havia sido detida anteriormente e atualmente cumpre medidas e faz uso da tornozeleira eletrônica. Um terceiro envolvido foi preso em julho, enquanto outros suspeitos seguem foragidos.

De acordo com o coordenador da operação, Adjeferson Pessoa, os policiais desconfiaram do paradeiro do homem ao perceberem uma escada encostada no teto da residência. 

Inicialmente, a companheira do suspeito afirmou não saber onde ele estava e permitiu a entrada da equipe. Durante a vistoria, os agentes encontraram a escada no quintal e, após uma busca detalhada, ouviram um barulho vindo do forro, onde localizaram o homem escondido.

Adjeferson destacou que o suspeito não possui antecedentes criminais, mas é conhecido na região por seu comportamento violento. A prisão foi realizada por equipes da Operação Litorânea Integrada (Oplit).

O crime

O corpo de Rubens Lima Barreto foi encontrado carbonizado na carroceria de uma caminhonete queimada, em um canavial às margens da BR-424, próximo ao Polo Industrial de Marechal Deodoro, no dia 28 de julho de 2025. O veículo pertencia à própria vítima.

Na ocasião, a Polícia Civil prendeu um comerciante de 29 anos, que havia tomado dinheiro emprestado com Rubens mediante juros. Inicialmente ouvido como testemunha, ele passou a ser tratado como suspeito após apresentar contradições e omitir informações durante o depoimento.

Familiares informaram que Rubens era natural de Sergipe e atuava como agiota, emprestando dinheiro a comerciantes locais e de outros estados. 

A delegada Juliane, responsável pela investigação, relatou que ele levava uma vida nômade, possuía propriedades em Minas Gerais e viajava frequentemente pelo país.

Dias antes de sua morte, Rubens teria comentado com amigos que pretendia emprestar R$ 100 mil a uma pessoa da região. Segundo as investigações, essa transação pode estar diretamente relacionada à sua execução.

 

Foto de Capa: Reprodução/Ascom PCAL