Em Mata Grande, no Sertão de Alagoas, ou em São Paulo, essa é a regra para políticos e profissionais do ramo. Especialmente um pouco antes e mais ainda durante a campanha eleitoral.
É preciso existir culpado e tem que ter inimigo, tem que ir pra cima. Foi assim em 2010 quando Benedito de Lira atacou Heloísa Helena e poupou Renan Calheiros.
Ela fazia dobradinha com Renan na disputa pelas duas vagas ao Senado. Mas o emedebista tinha um entendimento com Biu, e vice-versa, para não ser atacado. Os dois foram eleitos.
E vai ser assim em 2026.
A briguinha que surge de vez em quando entre o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) é estratégia deles para não dar espaço para outro nome crescer.
Tanto que ambos têm, no interior, o apoio de quase todos os prefeitos, assim como de quase todos os deputados estaduais e federais. Portanto, estão mais próximos um do outro do que podemos supor.
A prova disso, afirma gente do meio que transita entre os dois, é o silêncio de atores importantes como o presidente da Assembleia e o governador de Alagoas, Marcelo Victor e Paulo Dantas, e ainda de JHC, prefeito de Maceió.