Dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (10) mostram que o acesso a alimentos em Alagoas melhorou em 2024: 65% dos domicílios – cerca de 727 mil residências – estão em segurança alimentar, com comida suficiente e regular para todos. O número representa um avanço de 22 mil lares em relação a 2023.

Apesar do progresso, 35% dos domicílios alagoanos (aproximadamente 391 mil) ainda convivem com algum grau de insegurança alimentar. Entre eles, 56 mil vivem a fome severa, quando falta comida para todos e há ruptura no padrão alimentar da família.

“O estado registra recuperação, mas o desafio continua: reduzir os casos mais graves de insegurança alimentar”, afirma Alcides Tenorio Junior, superintendente do IBGE em Alagoas.

O levantamento faz parte do módulo Segurança Alimentar da PNAD Contínua, realizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Ele classifica os domicílios em quatro níveis: segurança alimentar, insegurança leve, moderada e grave, permitindo acompanhar desde a preocupação com a comida até a vivência concreta da fome.

Em números absolutos, além dos 56 mil domicílios em insegurança grave, 83 mil enfrentam insegurança moderada e 253 mil insegurança leve. O avanço acompanha a tendência de melhora registrada no Nordeste e no Brasil, mas Alagoas ainda figura entre os estados com maiores índices de fome severa na região, junto à Bahia e Maranhão.

 

*Com assessoria

Foto de capa: Estevam Costa/PR