O inquérito que investigou a morte do coroinha Kauê Leônidas Oliveira da Silva, de 18 anos, ocorrida no dia 8 de dezembro de 2024, durante uma festa de aniversário em Paripueira, foi concluído pela Polícia Civil de Alagoas. Conforme as investigações, o autor do homicídio foi o padrasto de uma das aniversariantes. O homem, de 33 anos, agiu sob efeito de drogas e álcool. Uma das motivações do crime teria sido ciúmes da enteada.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob a coordenação da delegada Tacyane Ribeiro, conduziu o caso, que envolveu uma extensa apuração com 76 depoimentos, 20 buscas e apreensões domiciliares, 21 aparelhos celulares periciados pela Polícia Científica e analisados pelos analistas da DHPP, 23 laudos periciais do Instituto de Criminalística (IC) e 3 laudos periciais do Instituto Médico Legal (IML).
Segundo o inquérito, a vítima ingeriu uma grande quantidade de álcool, que a deixou inconsciente e foi levada para um dos quartos da residência onde acontecia a festa. Pouco tempo depois, o local foi esvaziado devido a uma confusão familiar, o que possibilitou a prática do crime.
De acordo com o laudo pericial, feito pela equipe da Polícia Científica, a morte foi causada por asfixia mecânica, por esganadura, ocorrida entre três e quatro horas da manhã.
Testemunhas relataram que o suspeito usava o banheiro da suíte 3 para consumir cocaína e apresentou comportamento agressivo durante a festa. Ele e a esposa deixaram o local por volta das 6h da manhã, apesar de Kauê ainda estar desacordado no quarto.
Uma série de fatores teria motivado o crime, entre eles o ciúme em relação à proximidade do jovem com a enteada do suspeito e o incômodo causado pelo olhar da vítima ao servir uma dose de bebida ao indiciado.
“O suspeito apresentou diversas contradições nos depoimentos, chegou a negar o uso de drogas e, mesmo possuindo informações relevantes, só prestou esclarecimentos após ser formalmente intimado”, informou a assessoria.
O homem foi indiciado por homicídio qualificado e encontra-se preso preventivamente desde julho deste ano por outro crime: uma tentativa de homicídio registrada em abril, no bairro da Ponta da Terra, em Maceió, quando esfaqueou as costas de um vizinho.
Além disso, também tem passagem por desobediência e nega estar envolvido na morte de Kauê. Segundo a investigação, trata-se de um indivíduo dissimulado, possessivo e violento.
*Com Ascom PC