Apesar da repercussão provocada por matérias veiculadas em alguns portais nos últimos dias, o Banco Master não é alvo de inquérito na Polícia Federal, segundo apurou a imprensa com fontes próximas à corporação. Ao contrário do que foi sugerido em manchetes sensacionalistas, não há procedimento investigativo instaurado com o banco como foco central, nem tampouco acusações formais.
A alegação inicial se baseou em uma movimentação padrão entre órgãos reguladores: o Banco Central teria encaminhado relatórios ao Ministério Público Federal (MPF) dentro do processo de análise da compra de parte do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília). Porém, esse tipo de repasse é rotina em operações bilionárias que envolvem instituições financeiras. Enviar documentos não é acusar — e muito menos comprovar qualquer irregularidade.
Fontes ligadas à própria PF e ao setor bancário reforçam que não existe inquérito formalizado com número de protocolo público, alvo definido ou qualquer tipo de medida cautelar envolvendo o Banco Master. A ausência de confirmação por parte da Polícia Federal indica que, até o momento, as notícias amplificadas por certos canais não passam de especulações ou tentativas de criar ruído político.
Nos bastidores, a percepção é clara: a operação entre o BRB e o Master incomoda. A união das duas instituições promete ampliar o crédito no Brasil, aumentar a concorrência entre bancos e gerar novos empregos, sobretudo nas regiões que hoje contam com menor presença de bancos de médio porte. É natural que esse movimento desperte resistência — especialmente entre os grandes players do mercado.
A tentativa de criar suspeição sem confirmação oficial, com base em supostos relatórios vazados, acaba por enfraquecer a credibilidade de quem divulga e desinforma o público, apostando no impacto de títulos chamativos sem sustento legal. Até agora, nenhuma instância judicial ou regulatória determinou o cancelamento ou a suspensão da operação entre BRB e Banco Master.
Pelo contrário, o processo já foi analisado e aprovado por órgãos como Cade e Tribunal de Contas da União (TCU). A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) também deu aval, aprovando o projeto de lei que autoriza o BRB a adquirir uma fatia relevante do capital do Master. Resta apenas o posicionamento final do Banco Central, que segue tramitando normalmente, sem bloqueios ou obstáculos oficiais.
A direção do Banco Master, por sua vez, segue em silêncio institucional, apostando na condução técnica do processo e evitando alimentar boatos. Internamente, o clima é de confiança. Com sede em São Paulo e atuação nacional, o Master possui mais de mil colaboradores, centenas de milhares de clientes e histórico de solidez no mercado financeiro.
Diante disso, a postura da Polícia Federal de não confirmar inquérito ganha ainda mais peso. Fica evidente que a narrativa espalhada nos últimos dias carece de base jurídica, técnica e regulatória. E, como tudo indica, deve ser mais uma tentativa de criar desgaste onde não há escândalo — apenas crescimento e reposicionamento no setor bancário brasileiro.