José Roberto da Silva Alves foi condenado a 33 anos, quatro meses e 15 dias de reclusão pela morte da esposa, Damiana Souza, ocorrida em setembro de 2024, em Inhapi, no Sertão de Alagoas. O júri popular aconteceu nesta quarta-feira (24), na Comarca de Mata Grande.
Mateus Lima de Oliveira, que participou da execução do crime, recebeu pena de 28 anos e nove meses de prisão.
A sessão foi conduzida pela juíza Natália Silva Viana, que afirmou: “Os motivos do crime são reprováveis, pois o réu agiu por ciúmes. As circunstâncias são agravantes, já que a vítima foi atraída para o carro para ser executada e furtada”.
As penas deverão ser cumpridas inicialmente em regime fechado. A condenação de José Roberto também inclui o crime de furto, já que ele transferiu R$ 5.140 da conta da esposa para a própria conta após o homicídio.
O caso
De acordo com os autos, José Roberto dirigia o carro com Damiana no banco do passageiro e Mateus no banco traseiro. Mateus teria atirado nas costas da vítima, e em seguida ambos levaram a mulher a um local isolado e atearam fogo ao corpo.
As investigações incluíram análise de câmeras de segurança de Mata Grande e Inhapi, além de depoimentos de testemunhas que relataram ter visto José Roberto e Damiana juntos no dia do crime. Vestígios de sangue da vítima foram encontrados no carro, e a arma utilizada foi localizada na casa da mãe de José Roberto.
Em depoimento, José Roberto afirmou que matou a esposa após descobrir uma suposta traição.
Durante o júri, a defesa dele pediu o reconhecimento de violenta emoção e a exclusão das qualificadoras de meio torpe, meio cruel e uso de fogo. Já a defesa de Mateus solicitou o afastamento das qualificadoras de paga ou promessa de recompensa, meio cruel e uso de fogo. Todos os pedidos foram rejeitados pelos jurados.