Ninguém encarnou com tanta nitidez, para os bolsonaristas insones e indóceis, a figura do belzebu quanto o ministro Alexandre de Moraes.
Tornou-se o magistrado, para a turma do MAGA, a própria representação do demo, com suas narinas largas, de onde sai uma fumaça escura, chifres retorcidos e o seu tridente agitando a sentença dolorida.
Já para o outro, o ministro Fux, o reservado foi a imagem angelical de um deus de candura e judicioso, para quem os homens de bens haveriam de render honras e louvores, na esperança do paraíso.
Nem uma coisa nem outra: o julgamento do ex-presidente foi feito por homens, e, bem sabemos, alguns homens são mais qualificados e virtuosos do que outros.
Mesmo em uma área da atividade humana em que certo ou errado é uma questão de ponto de vista (hermenêutica).
Até porque o mal que o ex-presidente fez ao Brasil – as milhares de mortes da pandemia, por exemplo – só terá a sentença merecida do julgamento da História.










