O acordo pífio do governo do Estado com a Braskem deixa exposta mais uma vez a moral relativa que vige na atividade política.
Por exemplo: os senadores Renans – pai e Filho – silenciarão sobre a negociação conduzida por Vitor Pereira, em nome de Dantas, que resultou em apenas R$ 1,2 bilhão para os cofres do estado e em dez longos anos.
Lembrando que a expectativa era de, pelo menos, R$ 20 bilhões.
Os dois Calheiros, no entanto, foram duríssimos com JHC, que levou R$ 1,7 bi para a prefeitura de Maceió.
O senador pai, depois de criticar de forma contundente o prefeito de Maceió, disse sobre a compra do Hospital Municipal o prefeito “parece ter propensão a desviar recursos da saúde”, o que levou JHC a ir buscar a Justiça.
O Filho, por outro lado, condenou o acordo porque seu então adversário deu “quitação plena” à Braskem, o mesmo que fez Dantas.
Por óbvio, eles silenciaram sobre o acordo do Estado, até porque dependem eleitoralmente de Dantas.
Nada como um dia após o outro para que o silêncio encontre o seu lugar obrigatório.
(Sinceramente, gostaria muito de conhecer a opinião de George Santoro sobre a questão.)










