Se o número impressiona, é bom saber deste: 13.354 infrações de trânsito, do total de 19.995, são consideradas gravíssimas – a exemplo de avanço de semáforo, flagrado em mais de sete mil casos.
O total é superior em quase 25% ao que foi registrado em agosto do ano passado, quando o número chegou a 15.584.
A chamada - erroneamente - “indústria da multa” reflete, na verdade, o nosso comportamento agressivo e desrespeitoso às leis de trânsito – e da própria cidadania –, quando conduzimos um veículo de duas ou quatro rodas.
E não adianta dizer que é “falta de campanha educativa”, até porque ninguém precisa ensinar a nenhum adulto que dirigir embriagado é crime, que ultrapassar o sinal fechado pode ser a véspera de uma tragédia, ou que a prioridade – faixa de ônibus – deve ser do transporte coletivo.
Lamentavelmente, a única linguagem que entendemos no trânsito é a que nos pune no bolso.
Creio que os números acima deveriam nos envergonhar.
Só para lembrar: essa sempre foi a minha posição em qualquer governo municipal. Lamento mesmo que as leis do trânsito não sejam ainda mais duras.