Esta pergunta muitos alagoanos devem se fazer, principalmente depois que a qualificada PF realiza várias operações de combate ao roubo do dinheiro público, envolvendo as  autoridades  mais diversas no Tocantins, no Amapá e Rio de Janeiros, só nos últimos dias.

Por óbvio, a questão é levantada entre nós, e não sem razão, pelas informações que circulam nos bastidores da política local.

Claro que pode ser motivada pela permanente desconfiança da população com os evidentes sinais de riqueza externados sem qualquer pudor.

Há, sim, as “denúncias” feitas à boca miúda por personagens nem sempre confiáveis e que se apresentam vítimas de achaque.

Fato concreto é que a Polícia Federal não tem levado muita sorte por aqui quando resolve atuar ao modo - e ainda pode sair com a acusação de ser uma “gestapo” particular, sem que ninguém a defenda. 

A lembrar: todas as operações realizadas em Alagoas, desde a primeira década do século 21, não resultaram praticamente em nenhuma punição real – a não ser a desonra inicial (que passa rapidinho).

Há craques, por aqui, em identificar erros formais nas investigações, é verdade, mas também as defesas dos acusados – as políticas, inclusive – encontram abrigo amplo e irrestrito em Brasília.

Convenhamos: para quem trabalha sério, e é o caso da PF em todo o Brasil, a frustração não pode ser a regra.

Se é verdade que a lei nem sempre “pega” no Brasil, mais verdadeiro ainda é que a lei não pega ninguém importante e poderoso por aqui.