No último dia 27,  aconteceu a quarta atividade do I Circuito de Artes Periféricas – da Ribeira à Maçonaria: Hip Hop e Poesia. Na ocasião, o DJ, Beatmaker e Produtor Musical, Carlos Peixoto (PXT), ministrou uma oficina sobre Produção de Beat no Campus Palmeira dos Índios da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A entrada foi gratuita e aberta a todos os públicos.

 

“Está sendo uma satisfação muito grande tá participando e tá levando essa oficina (...) É uma coisa que eu sempre quis fazer, que é falar mais sobre o beatmaker, que é um figura, um elemento ali que sempre ficou nos bastidores, no estúdio produzindo. E, de um tempo para cá, ganhou uma voz assim, uma visibilidade maior.”, disse Peixoto.

 

Durante o evento, Carlos apontou que a cena musical de Hip Hop em Alagoas tem “elevado o nível”, expressando seu desejo em oferecer uma porta de entrada para as pessoas que querem participar do meio cultural e preservar, além de alavancar, o cenário Hip Hop nordestino.

 

Democratização da cultura

 

Peixoto também falou sobre as dificuldades que enfrentou para se tornar um beatmaker, especialmente por conta do alto custo dos equipamentos da profissão. Todavia, o DJ explicou em sua aula como, hoje em dia, é possível utilizar computadores simples e softwares gratuitos para democratizar esse acesso:

 

“Então, eu queria levar um pouco desse conhecimento né, pra galera. Algumas técnicas assim que a gente usa. Mostrar algumas formas de produzir, mesmo com baixo custo, né, com a dificuldade de se ter equipamentos caros e tal, você consegue já iniciar nesse mundo, nesse universo aí dos beatmakers, usando computadores mais simples. Como tem muitos softwares hoje em dia de graça, já dá para iniciar esse tipo de produção. “Eu quero fazer isso de uma forma mais simples, mostrar pelo menos um caminho pro cara falar: "Isso aí eu quero fazer, isso aí me interessa." É isso.”, falou Carlos.

 

A arte é para todos

 

"Como coordenador de Projeto de Extensão Cultura em Movimento foi um prazer receber a oficina de produção de beats proposta pelo circuito de Artes periféricas. Um dos objetivos do nosso projeto é justamente estabelecer essas conexões entre a cena artística alagoana e a Universidade." Mayk Andreele do Nascimento, Professor da Universidade Pública de Alagoas, destacou a importância do evento.

 

A atividade de Produção de Beat marcou uma nova etapa do 1º circuito de Artes Periféricas da Ribeira à Maçonaria Hip Hop e poesia em Palmeira dos  Índios – AL.

 

Anteriormente, ocorreram as seguintes oficinas: Graffiti com Júnior Brown; Conhecimento e Rima com Jany Li; Rimas e Batalhas com Diego Verdino e Hip-Hop e Rap com Alyne Sakura. Todas as atividades tiveram como objetivo de trazer o protagonismo para a cultura periférica.

 

"Temos a convicção de que a formação universitária ganha muito quando se abre para atividades de formação de extrapolam o currículo tradicional e o formato padrão de ensino-aprendizagem. Os alunos que participaram da oficina tiveram a oportunidade de conhecer a complexa produção de conhecimentos que envolve os processos de criação da música rap. O trabalho de produção de beats exige pesquisa, reflexão, acúmulo de saberes e criatividade, o que mostra que os artistas do hiphop são também pensadores e não apenas pessoas que produzem entretenimento. Cabe registar também o fato louvável da oficina ser realizada no interior do Estado, região onde o acesso a este tipo de formação é extremamente difícil. Esperamos que iniciativas como essa se multipliquem e nos colocamos a disposição para próximas parcerias." concluiu Mayk.

 

O 1º circuito de Artes Periféricas da Ribeira à Maçonaria Hip Hop e poesia em Palmeira dos Índios – AL é realizado via incentivo financeiro da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (MINC) @minc, operacionalizado pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas (Secult) @secultal .