Ressalte-se, é voz geral que a PEC da blindagem só chega às portas da votação no Congresso Nacional graças à negociação liderada por Arthur Lira para encerrar o motim dos bolsonaristas, indignados com a tornozeleira do ex-presidente.
Como Hugo Motta é mais fraco do que quadro de pedra, a solução, então, parecia boa – só que não.
A ideia inicial era voltar aos tempos em que deputados e senadores só podiam ser processados criminalmente depois da autorização do Congresso, o que ocorreu até 2001, com a atual Constituição.
A versão que está em discussão nos bastidores, rejeitada até por personagens pouco recomendáveis, pede o trancamento dos inquéritos em curso e ainda exige que o STF só aceite uma denúncia contra um parlamentar por 4 dos 5 votos de ministros numa turma ou 8 dos 11 no plenário.
Cria, portanto, uma casta de potenciais criminosos no país.
Está claro o porquê de o crime organizado querer investir nessa seara.
Como diz o deputado Hildo Rocha (MDB do MA): "Impedir investigação não existe. É coisa para ter bandido lá na Câmara, encher com a turma do PCC e do Comando Vermelho"
Com o financiamento, então, da Faria Lima, é mamão com açúcar (para eles).