O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar, destacou, durante a leitura do plano de trabalho na manhã desta terça-feira (26), seu compromisso com a verdade e a independência do trabalho que conduzirá nos próximos 180 dias.

“Sou de direita com muito orgulho. Tenho uma história limpa, decente e de trabalho pela justiça. Passei 24 anos no Ministério Público e, graças a Deus, tive a oportunidade de entrar e sair pela porta da frente. Não estou aqui para proteger ou perseguir ninguém, mas para cumprir o rito da investigação”, afirmou.

O deputado ressaltou que não haverá seletividade política em seu relatório e que os trabalhos da CPMI terão como único foco a apuração das fraudes bilionárias que atingiram aposentados e pensionistas do INSS. Em seus eixos de atuação estão: Mapeamento do esquema e modus operandi; Identificação e responsabilização; Impacto nas vítimas e no erário; O caminho do dinheiro; Falhas institucionais; e Medidas preventivas e legislativas.

Ao final, Alfredo Gaspar deixou claro que a missão da CPMI é garantir a liberdade de investigação e entregar respostas à sociedade:

“Esse relatório de trabalho não terá flecha apontada para quem quer que seja. Ele busca somente que tenhamos liberdade para investigar.”

A CPMI do INSS foi instalada em 20 de agosto e terá prazo de 180 dias para concluir as apurações sobre o esquema de fraudes que gerou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU).