Em 2024, apenas 41,9% dos domicílios alagoanos contavam com acesso à rede geral de esgotamento sanitário, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O percentual coloca o Estado entre os nove do país onde menos da metade das moradias têm conexão com a rede, ao lado de Amapá, Rondônia, Pará, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Acre.

No Brasil, 70,4% dos lares tinham acesso à rede de esgoto em 2024, número que cresceu apenas 2,3 pontos percentuais em cinco anos. A disparidade regional permanece significativa: enquanto o Sudeste registra cobertura de 90,2%, o Nordeste chega a 51,1% — ainda abaixo da média nacional.

Em Alagoas, a situação é ainda mais crítica nas áreas rurais. Apenas 9,4% das moradias no campo possuem esgotamento sanitário ligado à rede geral, enquanto nas cidades esse número sobe para 78,1%. O acesso à água potável também apresenta desigualdade: 31,7% dos domicílios rurais recebem água de rede geral, ante 93,4% dos urbanos.

A coleta de lixo em Alagoas segue tendências nacionais: embora 86,9% dos domicílios no país recebam coleta direta, nas áreas rurais do estado o serviço atende apenas 33,1% das residências. Mais da metade dos lares rurais ainda queimou resíduos sólidos no último ano, enquanto a prática é quase inexistente nas zonas urbanas.

Os dados fazem parte da “Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Características Gerais dos Domicílios e Moradores 2024”, que utiliza amostragem representativa para refletir diferenças de gênero, cor, faixa etária e região de moradia.